PRIME-FFR: Seria segura em síndromes coronárias agudas

Título original: Impact of routine Fractional Flow Reserve on management decision and 1-year clinical outcome of ACS patients: Insights from the POST-IT and R3F Integrated Multicenter registriEs –Implementation of FFR in Routine Practice (PRIME-FFR).
Dissertante: Luís Raposo.

 

O uso da reserva coronária de fluxo fracionada (FFR) não está claramente estabelecida em pacientes que cursam uma síndrome coronária aguda, diferentemente da enorme quantidade de evidência que há para os pacientes com angina crônica estável.

Para o estudo foram utilizados os dados dos registros prospectivos multicêntricos (R3F e POST-IT), com mais de 2.000 pacientes, dos quais um terço foram admitidos cursando uma síndrome coronária aguda.

O uso rotineiro da FFR em pacientes com angina instável/infarto sem supradesnivelamento do segmento ST está associado a uma alta taxa de reclassificação da estratégia de tratamento, observando-se que após realizar a FFR, mais pacientes tiveram indicação de revascularização (percutânea ou cirúrgica).

Em pacientes cursando uma síndrome coronária aguda, a estratégia original de tratamento, de acordo com a angiografia convencional, reduziu-se de 56,7% a 48,9% após a realização da FFR. O grupo de angioplastia cresceu de 35,3% (antes da FFR) a 41,5, algo similar ao que ocorreu com a cirurgia, que passou de 6% a 9,6%.

 

Conclusão
Utilizar FFR na tomada de decisões para pacientes que cursam uma síndrome coronária aguda mudou frequentemente a estratégia original que teria sido escolhida utilizando somente a angiografia convencional. Além disso, foi tão segura quanto nos pacientes estáveis. Grandes estudos randomizados devem ser realizados para confirmar a utilidade da FFR neste contexto clínico agudo.

 

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