Sociedade Latino-americana de Cardiologia Intervencionista

As placas coronarianas que causam IAM frequentemente são de grande volume, alto conteúdo lipídico e uma fina camada fibrosa. O tratamento com estatinas diminui a progressão da aterosclerose mas o impacto do uso de inibidores de PCSK 9 (aloricumab) após a síndrome coronariana aguda não é bem recebido.

O objetivo deste estudo foi determinar o efeito do aloricumab utilizando imagens intracoronarianas (IVUS, OCT, espectroscopia infravermelha NIRS) em pacientes com IAM.

Foram incluídos 300 pacientes. A idade média foi de 58 anos e 18% da população incluída estava composta por mulheres. A forma de apresentação foi IAMCEST (53%) e IAMSEST (47%) que foram a ATC do vaso culpado e além disso apresentavam lesões não obstrutivas nas artérias (estenose de 20 a 50%).

Os pacientes foram randomizados dentro das 24 horas da ATC a receber aloricumab 150 mg a cada 2 semanas mais rosuvastatina 20 mg vs. placebo mediante IVUS. O desfecho primário (DP) foram as mudanças no volume de placa medidas por IVUS. O desfecho secundário (DS) foram avaliar as mudanças no core lipídico medido por NIRS e mudanças na espessura da camada fibrosa medidos por OCT.

No que se refere ao DP observou-se uma redução do volume de placa significativa a favor do grupo aloricumab (p < 0,001). Também houve diferenças significativas ao avaliar o DS no grupo intervenção.

Em um ano os valores de LDL diminuíram 50% no grupo placebo vs. 84% no grupo aloricumab. Com relação à segurança, a única reação adversa significativamente maior no grupo intervenção foi a reação alérgica.

Conclusão

Entre os pacientes com IAM, a adição subcutânea duas vezes por semana de aloricumab em comparação com placebo resultou em uma regressão da placa coronariana depois das 52 semanas do evento.