Trombos residuais da tromboaspiração: afeta o resultado da angioplastia primária?

Trombos residuais da tromboaspiração angioplastia primáriaO objetivo deste trabalho foi avaliar se a soma dos trombos residuais após uma tromboaspiração manual pode afetar o resultado da angioplastia primária em pacientes cursando uma síndrome coronária aguda com supradesnivelamento do segmento ST.

 

Os estudos mais recentes sobre tromboaspiração falharam em mostrar um benefício clínico em pacientes com supradesnivelamento do segmento ST. O trabalho se baseia na hipótese de que a remoção insuficiente de trombos da lesão culpada poderia explicar a falta de benefício da tromboaspiração.

 

Um total de 109 pacientes cursando um infarto com supradesnivelamento do segmento ST receberam tromboaspiração e, previamente ao implante do stent, foi feita uma avaliação da carga trombótica residual com tomografia de coerência ótica (OCT).

 

Os pacientes foram divididos em três grupos, de acordo com a carga trombótica, para posterior análise dos resultados.

 

O “no reflow”, definido como um fluxo TIMI (Thrombolysis In Myocardial Infarction) ≤ 2 e/ou um blush miocárdico ≤ 1 após o implante do stent foi muito mais frequente nos pacientes do grupo com maior carga trombótica vs. o grupo com menos trombos residuais.

 

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No reflow

Grupo com maior carga trombótica: 44,4%

Grupo como menos trombos residuais: 16,7%

[p = 0,001]

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Os pacientes do grupo como maior carga de trombo também sofreram infartos maiores segundo os níveis de Ck Mb vs. os do grupo com menos trombos.

 

Conclusão

Os pacientes que são admitidos cursando uma síndrome coronária aguda com supradesnivelamento do segmento ST e apresentam uma alta carga trombótica residual após a tromboaspiração têm um dano miocárdico mais extenso e uma disfunção microvascular maior que aqueles pacientes com uma carga trombótica residual menor.

 

Título original: Does Residual Thrombus After Aspiration Thrombectomy Affect the Outcome of Primary PCI in Patients With ST-Segment Elevation Myocardial Infarction? An Optical Coherence Tomography Study.

Referência: Takumi Higuma et al. J Am Coll Cardiol Intv. 2016;9(19):2002-2011.


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