Métodos e Resultados: Os não-respondedores ao clopidogrel foram identificados por reatividade plaquetária residual ≥ 70% e o teste foi repetido após a mudança para o tratamento com prasugrel. O desfecho primário do estudo foi mortalidade cardíaca em 2 anos e os desfechos secundários foram o composto de morte cardíaca, infarto do miocárdio, e trombose de stent. A hipótese estatística assumindo uma diminuição de 50% na mortalidade cardíaca em 2 anos para os pacientes que mudaram para prasugrel em comparação aos pacientes não-respondedores ao clopidogrel do estudo RECLOSE 2 indicou um tamanho de amostra de 250 pacientes para cada grupo.
Foram incluídos 302 pacientes não-respondedores ao clopidogrel e comparados com 250 pacientes do RECLOSE 2. Houve uma diminuição na mortalidade cardíaca no grupo não-respondedor que trocou para prasugrel (4.0%) em comparação ao grupo controle do RECLOSE 2 (9.7%), sendo a diferença significativa (p=0,007). Houve diminuição significativa da trombose de stent definitiva (p=0.046) e provável (p=0.026) no grupo não respondedor que trocou para prasugrel. Em análise ajustada, os preditores de mortalidade cardíaca aos 2 anos foram a idade (HR=1.03, IC 1.00-1.06; p=0.35), creatinina>1.5mg/dl(HR=2.17, IC 1.16-4.06; p=0.016) e prasugrel (HR=0.50, IC 0.29-0.88; p=0.017).
Conclusão: Em não respondedores ao clopidogrel submetidos a PCI, o tratamento com prasugrel propiciou inibição da agregação plaquetária efetiva em quase todos os pacientes e melhor resultado clínico em dois anos de follow up quando comparado aos pacientes não respondedores do estudo RECLOSE 2, incluindo mortalidade cardíaca e trombose de stent. A resistência ao clopidogrel é um fator de risco que pode ser modificado pelo uso do prasugrel.
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D. Antoniucci
2015-05-21
Título original: Prasugrel in clopidogrel non-responders: results of the REsponsiveness to CLOpidogrel and Stent-related Events study (RECLOSE 3)