Título original: Sealing intermediate non-obstructive coronary SVG lesions with DES as a new approach to maintaining vein graft patency and reducing cardiac events: the VELETI II randomized clinical trial.
Dissertante: J. Rodes Cabal.
As lesões não obstrutivas em pontes venosas afetam negativamente o prognóstico dos pacientes a médio prazo. Existem poucas evidências com respeito à segurança e eficácia de tratar lesões intermediárias não obstrutivas.
Este foi um trabalho multicêntrico, prospectivo e randomizado. O mesmo estimou uma incidência de 22% de eventos combinados no grupo conservador e 12% no grupo angioplastia. Foram randomizados pacientes com lesões de entre 30% a 60% em pontes venosas. Depois de incluir 125 pacientes dos 450 projetados, o estudo foi interrompido precocemente devido à inclusão muito lenta de pacientes.
Não foram observados eventos nos primeiros 30 dias em ambos os grupos. No seguimento médio de 3,4 anos, a incidência de eventos combinados, infarto e nova revascularização foi de 20% vs. 15% (p = 0,33), 7,7% vs. 10% (p = 0,73) e 16,9% vs. 15,0% (p = 0,59), respectivamente.
As revascularizações no grupo angioplastia foram por reestenose (8,3%), progressão da doença na ponte venosa (5%) e trombose muito tardia (1,6%).
A análise das curvas de Kaplan-Meier para infarto, revascularização e eventos combinados mostrou uma separação das mesmas a favor da angioplastia nos primeiros 2 anos seguida de um aumento de eventos com perda do benefício entre os 2 e os 4 anos.
Conclusão
A angioplastia com stents farmacológicos em pontes venosas foi segura mas não pode reduzir a incidência de eventos isquêmicos em relação ao tratamento médico em um seguimento médio de 3 anos.