STEMI RADIAL Estudio prospectivo, randomizado, que compara el acceso radial vs. el acceso femoral en pacientes con Infarto Agudo con Supradesnivel del Segmento ST

Fundamentos: Estudos anteriores demostraram os benefícios da vi radial no contexto das síndromes coronarianas, com elevação do segmento ST. O objetivo desse estudo foi avaliar estes benefícios em pacientes com IAM com supradesnivel do segmento ST com uma janela de até 12 horas a partir do início dos sintomas.

Métodos: Estudo randomizado realizado no Canadá e na República Checa, que avaliou 707 pacientes com SCA com Supra ST de até 12 horas de evolução a partir do início até a angioplastia primária através da via radial ou femoral. Todos os centros selecionados tinham grande experiência com o acesso radial (80% da angioplastia primária por via radial). O desfecho primário do estudo foi a ocorrência de hemorragia maior (classificada de acordo com o Estudo HORIZONS) e as complicações relacionadas com o local de a punção (hematoma>15 cm). Os objetivos secundários foram: MACE (morte, IAM, AVC), o volume de contraste, o sucesso do procedimento, a duração da permanência em unidade fechada, a duração do procedimento e fluoroscopia). 

Os critérios de exclusão foram: Killip IV na admissão, sem pulso radial/femoral, tratamento com anticoagulantes orais, cirurgia de bypass aortofemoral anterior, teste de Allen negativo ou teste de Barbeau tipo D. Não foram encontradas diferenças no que diz respeito às características basais dos pacientes. O tempo sintomas-balão médio foi de 210-215 minutos (sem diferença entre os grupos). A taxa de cruzamento de grupo radial a femoral foi 3,7%, o uso de inibidores da glicoproteína IIb/IIIa foi 45% nos dois grupos, foi utilizado um cateter de aspiração em 28% dos pacientes (não houve diferenças entre os grupos).

Não houve nenhuma diferença em relação com o tempo de procedimento e ao de fluoroscopia entre os grupos. O volume de contraste e tempo de permanência em unidade fechada foi maior no grupo femoral (182±60 em contraste com.170±71 ml, p=0,01, e 3,0±2,9 em contraste com 2.5±1,7 dias, p = 0,0016, para os grupos radial e femoral, respectivamente). Em termos de desfecho primário, foi observada uma redução no grupo radial (1,4 em contraste com. 7,2%, p=0,0001), enquanto o MACE não diferiu entre os grupos. Quando são analisados os MACE (morte, infarto de miocárdio e acidente vascular cerebral) conjuntamente com a hemorragia, é observada uma redução de 38% no grupo radial (4,6% em contraste com 11%, p=0,0028).

Conclusões: Nos pacientes com quadro clínico com IAM com Supra ST de <12hs, a via radial foi associada com uma redução significativa na incidência de hemorragias graves e as complicações relacionadas com a via de acesso. O uso da via radial diminuiu o tempo de permanência em unidade fechada e o volume de contraste utilizado.

Comentário editorial: Os resultados deste estudo corroboram os resultados dos testes anteriores como o RIVAL e o RIFLE, demonstrando que a utilização deste método é segura e eficaz, não aumentando o tempo de sintoma-balão e a duração do procedimento. A redução das complicações relacionadas com a via de acesso era previsível, mas é preciso destacar que os centros participantes tinham uma grande experiência no acesso radial (80% dos casos são realizados por essa via). Isto por sua vez conduziu a uma baixa taxa de cruzamento (3%), o que é consistente com estudos anteriores.

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Ivo Bernat
2012-10-26

Título original: STEMI RADIAL: A Prospective, Randomized Trial of Radial vs. Femoral Access in Patients with ST-Segment Elevation Myocardial Infarction.

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