Título Original: Safety and performance of the drug-eluting absorbable metal scaffold (DREAMS) in patients with de-novo coronary lesions: 12 month results of the prospective, multicentre, first-in-man BIOSOLVE-I trial. Referência: Michael Haude et al. Lancet 2013; 381: 836–44.
As plataformas bio-absorvíveis poderiam melhorar a função vasomotora, o remodelagem e facilitar novas intervenções tanto percutâneas como cirúrgicas. Esta nova plataforma bio-absorvível difere das já existentes em que não é polimérica senão metálica (liga de magnésio) pelo que intuitivamente teria uma performance mecânica similar aos stents convencionais.
Este estudo testou por primeira vez em humanos a segurança e eficácia da plataforma a base de magnésio bio-absorvível eluidora de paclitaxel (DREAMS, Biotronik, Bülach, Switzerland) em pacientes sintomáticos com lesões coronárias de novo. O critério de avaliação primário foi o fracasso da lesão alvo a 6 e 12 meses (combinado de morte cardíaca, infarto relacionado ao vaso o revascularização da lesão motivado pela clínica). Foram incluídos um total de 46 pacientes (ptes) com até 2 lesões em vasos separados com um diâmetro de referência de entre 3 e 3.5 mm, uma longitude da lesão não maior de 12 mm e uma porcentagem de estenose entre 50% e 99%.
A 12 meses 3 ptes (7%) apresentaram o critério de avaliação primário dos quais 2 foram revascularização da lesão motivada pela clínica sem ser observada nenhuma morte ou trombose da plataforma. A perda tardia de lúmen ao ano (0.52 mm) foi menor que aos 6 meses (0.65 mm) embora a diferença não atingiu a significância. A angulação do vaso se reestabeleceu completamente ao ano.
Conclusão:
O estudo mostra segurança e eficácia tanto angiográfica como clínica a 12 meses da plataforma bio-absorvível DREAMS. Esta plataforma bio-absorvível metálica poderia ser uma alternativa às poliméricas.
Comentário editorial:
Se bem que a taxa de fracasso da lesão alvo com o DREAMS foi similar aos stents farmacológicos contemporâneos e à plataforma bio-absorvível eluidora de everolimus, a perda tardia de lúmen não atingiu o resultado dos outros dispositivos. Este estudo que foi a primeira prova em humanos com a plataforma, sem dúvida levará a melhoras da mesma, antes que esteja disponível na prática clínica.
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