O mismatch (uma desproporção entre o tamanho da prótese implantada e o tamanho do paciente) em pacientes submetidos a cirurgia está associado a piores resultados. Isso poderia ocorrer também no caso das próteses percutâneas, embora até o momento o tema não tenha sido bem estudado. O trabalho apresentado no TCT 2018 e simultaneamente publicado no JACC investiga o problema em 62.125 pacientes incluídos no registro TVT entre 2014 e 2017.
Levando em conta uma área valvar por eco indexada por superfície corporal considerou-se que o mismatch era de grau severo (< 0,65 cm²m²), de grau moderado (0,65 a 0,85 cm²m²) ou ausente (> 0,85 cm²m²).
O mismatch de grau severo ou moderado foi observado em 12% e em 25% dos pacientes que receberam TAVI, respectivamente. Os preditores para que isso ocorresse foram a utilização de válvula pequena (< 23 mm), procedimento valve-in-valve, maior área de superfície corporal, sexo feminino, menor faixa etária, menor fração de ejeção, fibrilação atrial ou insuficiência mitral ou tricúspides severas.
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Em um ano, a mortalidade foi de 17,2%, 15,6% e 15,9% dos pacientes com mismatch severo, moderado ou sem mismatch, respectivamente (p = 0,02). Algo similar foi observado com as reinternações por insuficiência cardíaca. Não houve relação entre o mismatch e o AVC ou a qualidade de vida em um ano.
Título original: Prosthesis-Patient Mismatch in 62,125 Patients Following Transcatheter Aortic Valve Replacement: From the STS/ACC TVT Registry.
Apresentador: Howard C. Herrmann.
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