Este estudo incluiu 219 pacientes com hipertensão essencial não controlada que recebiam pelo menos duas drogas anti-hipertensivas. Todos foram submetidos a angiografia renal e foram randomizados a denervação renal ou grupo controle.
A denervação foi realizada com o cateter SyMapCath I e com o gerador/estimulador SYMPIONEER S1.
A idade média foi de 45 anos e 87% da população esteve composta por homens.
O desfecho primário combinado foi a queda da tensão arterial sistólica em consultório abaixo de 140 mmHg, para uma não inferioridade com o grupo controle e as mudanças dos anti-hipertensivos tanto em termos de números de drogas quanto de doses em 6 meses.
A tensão arterial sistólica de consultório foi aproximadamente 159 mmHg. Após a denervação, diminuiu em média 25,2 mmHg nos que foram submetidos a denervação e 27,3 mmHg no grupo controle. A diferença foi 2,69% (95% CI -4,11% a 9,83%), alcançando a não inferioridade com uma margem de 10%.
O índice de drogas aumentou em ambos os grupos, o que indicou a necessidade de mais medicação com doses mais altas para conseguir o controle da tensão arterial, sendo essa necessidade menor nos que foram submetidos a denervação (4,37 vs. 7,61; p = 0,003).
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No tocante à aderência às drogas, analisada mediante exame de urina, esta foi alta e similar nos dois grupos (de aproximadamente 90% em 6 meses).
Em termos de segurança do procedimento, nenhum paciente faleceu e não houve lesão severa da artéria renal nos pacientes que foram submetidos a denervação. Os eventos adversos maiores tiveram uma incidência de 10% nos pacientes que foram submetidos a denervação vs. 9,2% no grupo de pacientes não submetidos a denervação (p = 0,823).
Dr. Carlos Fava.
Membro do Conselho Editorial da SOLACI.org.
Referência: The SMART Study, presentado por el Dr. Jie Wang en el Congreso EuroPCR 2023, realizado en París, Francia.
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