Título original: Outcomes After Emergency Percutaneous Coronary Intervention in Patients UIT unprotected Left Main Stem Occlusion. The BCIS National Audit of Percutaneous Coronary Intervention 6-Years Experience. Referência: Niket Patel, et al. J Am Coll Cardiol Interv 2014;7:969-80
Infarto agudo do miocárdio envolvendo ao tronco de coronária esquerda (TCE) desprotegido é muito raro em laboratórios de cateterismo, pois a maioria apresenta morte súbita. Há muito pouca informação na literatura e monitoramento é escasso. Entre Janeiro de 2007 e Dezembro de 2012 um total de 446.257 angioplastias foram registradas no banco de dados da Sociedade Britânica de Cardiologia Intervencionista.
Todos os pacientes admitidos para angioplastia primária foram analisados; 568 mostraram oclusão da TCE, 1045 lesão na oclusiva e 97974 ausência de envolvimento do tronco. Aqueles com lesão TCE eram mais idosos, mais frequentemente mulheres, diabéticos e com insuficiência renal. O grupo da oclusão tronco foi apresentado com fração de ejeção diminuída e choque cardiogênico. O tempo de sintoma-hospitalar e sintoma- balão foi menor para aqueles com oclusão do tronco.
O uso de acesso femoral, necessidade de ventilação mecânica, suporte circulatório e permanência hospitalar foram maiores, no grupo angioplastia da artéria coronária esquerda. Ao nível da mortalidade hospitalar foi 6 vezes maior para aqueles com lesões no tronco (26.4% versus 4.1% <0.001) e este foi ainda maior para aqueles que se apresentou com a oclusão do mesmo versus lesão não-obstrutiva (43.3% versus 20.6% <0.001). No follow-up de 1 e 3 anos, a mortalidade foi maior quando havia envolvimento do tronco (39.8% y 60.4% vs. 9.8% y 20.7% respectivamente; p <0.001).
Conclusão
Os resultados da angioplastia primária no tronco de coronária esquerda (TCE) desprotegido são pobres e necessitam de terapias adicionais a serem melhorados. No entanto, os resultados em longo prazo em sobreviventes são animadores.
Comentário
A angioplastia primária ao tronco de coronária esquerda (TCE) é um dos piores cenários que se nos deparam. Ela exige muita experiência e agir rapidamente com resultados muitas vezes desfavoráveis. É necessário o desenvolvimento de sistemas de suporte circulatório, e de novas drogas e estratégias para obter melhores resultados.
Cortesia Dr. Carlos Fava
Cardiologista intervencionista
Fundação Favaloro
Buenos Aires Argentina
Carlos Fava