A enzima fosfodiesterase-5 é ativada na insuficiência cardíaca e pode limitar os efeitos benéficos do óxido nítrico (NO) na vasculatura, rim e miocárdio. Os benefícios dos inibidores da fosfodiesterase estão bem documentados na disfunção erétil e na hipertensão artéria pulmonar. Embora existam alguns estudos com sildenafil na insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida, seu papel na insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada continua sendo duvidoso. O objetivo desse estudo foi avaliar se o tratamento em longo prazo com sildenafil melhora a capacidade funcional (VO2 pico) em pacientes com insuficiência cardíaca e função preservada.
Foram randomizados 152 pacientes com insuficiência cardíaca e função preservada em classe funcional II-IV, com fração de ejeção igual ou acima de 50% e evidência objetiva de insuficiência cardíaca para receber sildenafil (n = 76) ou placebo (n = 76). O critério primário de avaliação foi a melhoria em pico VO2 depois de 24 semanas de tratamento. Não houve diferença entre o grupo de sildenafil e o grupo de placebo (p = 0,9). Não houve diferenças em relação à morte, hospitalização ou os eventos adversos cardiovasculares e cardiorrenal
Conclusão: O tratamento crônico com sildenafil não foi associado com algum benefício clínico na insuficiência cardíaca com função ventricular conservada. É preciso mais pesquisa para identificar os mecanismos essenciais na insuficiência cardíaca com função conservada, ajudando assim a direcionar seu tratamento.
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Margaret Redfield
2013-03-11
Título original: Phosphodiesterase-5 Inhibition to Improve Clinical Status and Exercise Capacity in Diastolic Heart Failure – RELAX Trial.