O ensaio randomizado SORT OUT V (Odense University Hospital, Dinamarca) comparou o stent NOBORI, stent farmacológico com polímero degradável libertador de biolimus, com o stent CYPHER, stent farmacológico com polímero permanente no mundo real. Os pesquisadores dinamarqueses usaram um delineamento de não inferioridade, sendo o objetivo primário do estudo a taxa combinada de eventos cardíacos maiores (morte cardíaca, infarto e trombose intrastent definitiva e reintervenção do vaso tratado) após nove meses de acompanhamento. Foi incluído um total de 2.400 pacientes de julho de 2009 a janeiro 2011 (randomização 1:1). O objetivo primário foi de 4,1% para o grupo com polímero degradável e 3,2% para o grupo com polímero permanente, não sendo possível descartar a hipótese de inferioridade, mas sem poder estatístico para inferir a superioridade do stent com polímero permanente. Após 12 meses, a taxa de eventos cardíacos maiores foi de 5,4% e 4,5% para o stent com polímero degradável e stent com polímero permanente, respectivamente (p=0,28). A taxa anual de trombose foi muito baixa (0,8% com polímero degradável e 0,2% com polímero permanente, p=0,07). Foi muito alentadora a taxa anual de reintervenção do vaso observada em ambos os grupos (4,2% com polímero degradável e 3,1% com polímero permanente). Não foram observadas diferenças nas taxas de infarto e morte cardíaca.
O Dr. Spencer King (Atlanta, Geórgia, EUA) comentou: “Em primeiro lugar estes resultados são espetaculares, independentemente do stent utilizado. É provável é que o verdadeiro teste de qualquer stent com polímero degradável seja a redução de eventos passado o ano, depois de descontinuar o clopidogrel. Aguardaremos com prazer seu comportamento em longo prazo.
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E. H. Christiansen
2012-05-17