Gentileza do Dr. José Álvarez.
O objetivo deste trabalho foi encontrar diferenças entre a técnica de punção transeptal padrão com a agulha convencional e a técnica que utiliza a agulha com radiofrequência.
Foram analisados de forma retrospectiva 52 pacientes nos quais se realizou punção transeptal para o tratamento de diversas cardiopatias (Mitraclip, Watchman, Lariat e Valvoplastia Mitral). Em 25 casos se utilizou a agulha convencional (BRK – St. Jude Medical) e em 27 uma agulha de radiofrequência (Baylis Medical, Canadá). Em todos os procedimentos foi feito ecocardiograma transesofágico; analisou-se em tomadas ortogonais os pontos nos quais se pretendeu realizar a punção e no qual finalmente a mesmo foi efetivamente feita.
Como resultado a punção foi efetiva em todos os casos nos quais se utilizou radiofrequência. Quanto ao grupo de punção com agulha convencional, em três ocasiões se requereu a utilização do estilete para poder atravessar o tabique e em dois casos foi necessário cruzar os pacientes ao grupo de radiofrequência. Não houve diferenças quanto à precisão do ponto onde se realizou a punção, mas o tempo requerido para cruzar o septo foi menor no grupo de radiofrequência. O deslocamento do septo (tenting) foi maior no grupo de agulha convencional.
Comentário
Trata-se de um estudo observacional retrospectivo que compara duas técnicas de punção transeptal. Os resultados foram similares, a não ser pelo menor deslocamento do septo quando se utiliza a agulha de radiofrequência, o que pode ser benéfico em casos nos quais o septo é muito lasso e existe risco de lesão da parede lateral da aurícula esquerda com a técnica convencional.
Gentileza do Dr. José Álvarez.
Título original: Accuracy and procedural characteristics of standard needle compared with radiofrequency needle transseptal puncture for structural heart interventions.
Autores: Gaufav Sharma MD, Gagan D Singh MD. Thomas Smith MD. Dali Fan MD, Reginald Low MD, Jason Rogers MD.
Referência: Cathet Cardiovasc Interv 2017; 89(6):E200-E206.
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