A revascularização completa tem demonstrado, através de diversos estudos e metanálises, um benefício em termos de mortalidade em comparação com a revascularização incompleta.
O estudo REVIVED-BCIS avaliou se existiam diferenças em termos de mortalidade e de hospitalizações por falha cardíaca em pacientes com deterioração da função ventricular e viabilidade, ao comparar a angioplastia (PCI) de lesões coronarianas com o tratamento médico ótimo. O estudo evidenciou que a PCI não se relacionou com mudanças significativas nos resultados finais estabelecidos.
Dos 266 pacientes submetidos a angioplastia, 130 receberam revascularização completa e 136 receberam revascularização incompleta. A revascularização completa foi definida como anatômica (RA), segundo o índice de revascularização coronariana (Δ Score BCIS), ou guiada por viabilidade, segundo o índice de revascularização miocárdica (RM).
Em termos de revascularização anatômica, não foram observadas diferenças significativas entre a RA incompleta e o tratamento médico ótimo (HR 0,97; p = 0,85). Do mesmo modo, a RA completa tampouco mostrou diferenças significativas (HR 0,90; p = 0,59).
Ao avaliar a revascularização guiada por viabilidade, tampouco foram observadas diferenças a favor da revascularização versus o tratamento médico ótimo, tanto nos casos de revascularização completa (HR 0,95; p = 0,76) quanto incompleta (HR 0,83; p = 0,28).
Conclusão dos autores: no estudo REVIVED-BCIS2, em pacientes com doença coronariana estável e disfunção ventricular severa, nem a revascularização completa nem a guiada por viabilidade geraram uma mudança nos eventos clínicos.
Dr. Omar Tupayachi.
Membro do Conselho Editorial da SOLACI.org.
Referência: Presentado por Margaret Mcentegart, en Late-Breaking Clinical Trials, EuroPCR 2024, 14-17 de mayo, Paris, Francia.
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