CANTOS: menos eventos cardiovasculares com o Canakinumab

Uma nova análise do estudo CANTOS mostrou que os pacientes que responde inicialmente ao canakinumab são os que mais se beneficiam em termos de eventos cardiovasculares com a nova droga.

CANTOS: menos eventos cardiovasculares con Canakinumab

Esta subanálise apresentada nas sessões científicas da American Heart Association 2017 e publicada simultaneamente no Lancet evidenciou que a magnitude da redução da proteína C reativa após uma única dose de canakinumab permite identificar os pacientes que mais vão se beneficiar com a terapia.


Leia também: CANTOS: a droga anti-inflamatória Canakinumab parece reduzir eventos cardiovasculares”.


Aqueles pacientes com infarto prévio e níveis elevados de proteína C reativa que alcançam concentrações inferiores a 2 mg/L após a administração do anticorpo monoclonal que tem como alvo cascatas inflamatórias obtêm uma redução de 25% do risco de infarto, AVC e morte cardiovascular comparando-se com placebo.

 

Os pacientes que após a administração da droga continuam com níveis de proteína C reativa > 2 mg/L não se beneficiam com o tratamento.

 

O canakinumab tem como alvo a interleucina 1B, uma citocina que está relacionada à resposta inflamatória e ao desenvolvimento de placas aterotrombóticas graças a sua potencial atividade pró-coagulante, promotora da adesão endotelial dos monócitos e leucócitos e da liberação de fatores de crescimento de células musculares lisas.


Leia também: NCDR ACTION Registry: os pacientes anticoagulados não correm maior risco de sangramento nos procedimentos de urgência”.


No Congresso Europeu de Cardiologia de Barcelona 2017 haviam sido apresentados os resultados que incluíram 10.061 pacientes. Agora, no congresso da AHA, apresenta-se a subanálise daqueles que são biologicamente respondedores.

 

Título original: Relationship of C-reactive protein reduction to cardiovascular event reduction following treatment with canakinumab: a secondary analysis from the CANTOS randomized controlled trial.

Referência: Ridker PM et al. Lancet. 2017;Epub ahead of print.


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