Novo estudo confirma a durabilidade do TAVI em 5 anos

O estudo ADVANCE foi desenhado para avaliar a segurança e eficácia do implante percutâneo valvar aórtico (TAVI) com a prótese autoexpansível CoreValve em pacientes do “mundo real” com estenose aórtica severa sintomática e alto risco cirúrgico.

Nuevo estudio confirma la durabilidad del TAVI a 5 años

Foram incluídos pacientes de 44 centros experimentais de 12 países, ficando o acesso ou o tipo de anestesia a escolha do “Heart Team” local.


Leia também: DES de 2,0 mm para vasos muito pequenos: é viável?”


Em total foram 1.015 pacientes com uma idade média de 81 anos e um EuroSCORE logístico de 19,3 ± 12,3%. Do total dessa população, 465 cumpriram os 5 anos de seguimento, tendo alcançado a mortalidade nesse período um índice de 50,7%.

 

As medições hemodinâmicas se mantiveram constantes no tempo com um gradiente médio de 8,8 ± 4,4 mmHg e uma área efetiva de 1,7 ± 0,4 cm².

 

A insuficiência aórtica paravalvar moderada/severa diminuiu de 12,8% no momento do implante a 8% em 5 anos.


Leia também: Os efeitos da radiação cerebral em Cardiologistas Intervencionistas”.


Houve 22 pacientes (2,6%) dentre os 860 submetidos a seguimento ecocardiográfico que cumpriram algum critério VARC-2 para disfunção valvar e 10 deles (1,2%) requereram uma reintervenção.

 

Conclusão

O seguimento em um período de 5 anos de uma população de alto risco do “mundo real” que recebeu implante percutâneo valvar aórtico com a prótese autoexpansível CoreValve mostrou evidência claras de durabilidade e uma baixa taxa de reintervenções e disfunção protética.

 

Comentário editorial

Os resultados do seguimento de 5 anos do ADVANCE continuam demonstrando a performance hemodinâmica da CoreValve juntamente com a baixa taxa de AVC, insuficiência paravalvar e uma mortalidade que é alta mas esperada para a população tratada.

 

A mortalidade por qualquer causa do ADVANCE foi de 50,7% em 5 anos vs. 67,8% do PARTNER 1 no mesmo período de tempo. Embora ambas as populações fossem de alto risco cirúrgico, a do PARTNER 1 tinha ainda mais risco (escore STS de 10,7 ± 3,5% para o PARTNER 1 vs. 6,4 ± 4,4% para o ADVANCE), o que poderia explicar a diferença de mortalidade.

 

Título original: Final 5-year clinical and echocardiographic results for treatment of severe aortic stenosis with a self-expanding bioprosthesis from the ADVANCE Study.

Referência: Ulrich Gerckens et al. Eur Heart J. 2017 Sep 21;38(36):2729-2738.


Subscreva-se a nossa newsletter semanal

Receba resumos com os últimos artigos científicos

Sua opinião nos interessa. Pode deixar abaixo seu comentário, reflexão, pergunta ou o que desejar. Será mais que bem-vindo.

Mais artigos deste autor

Remodelamento cardíaco após a oclusão percutânea da CIA: imediato ou progressivo?

A comunicação interatrial (CIA) é uma cardiopatia congênita frequente que gera um shunt esquerda-direita, com sobrecarga de cavidades direitas e risco de hipertensão pulmonar...

É realmente necessário monitorar todos os pacientes após o TAVI?

Os distúrbios de condução (DC) posteriores ao implante percutâneo da valva aórtica (TAVI) constituem uma complicação frequente e podem incidir na necessidade de um...

Valvoplastia aórtica radial: vale a pena ser minimalista?

A valvoplastia aórtica com balão (BAV) foi historicamente empregada como estratégia de “ponte”, ferramenta de avaliação ou inclusive tratamento paliativo em pacientes com estenose...

Fibrilação atrial após oclusão percutânea do forame oval patente: estudo de coorte com monitoramento cardíaco implantável contínuo

A fibrilação atrial (FA) é uma complicação bem conhecida após a oclusão do forame oval patente (FOP), com incidência relatada de até 30% durante...

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here

Artigos Relacionados

Congressos SOLACIspot_img

Artigos Recentes

Assista novamente: Embolia Pulmonar em 2025 — Estratificação de Risco e Novas Abordagens Terapêuticas

Já está disponível para assistir o nosso webinar “Embolia Pulmonar em 2025: Estratificação de Risco e Novas Abordagens Terapêuticas”, realizado no dia 25 de...

Um novo paradigma na estenose carotídea assintomática? Resultados unificados do ensaio CREST-2

A estenose carotídea severa assintomática continua sendo um tema de debate diante da otimização do tratamento médico intensivo (TMO) e a disponibilidade de técnicas...

Remodelamento cardíaco após a oclusão percutânea da CIA: imediato ou progressivo?

A comunicação interatrial (CIA) é uma cardiopatia congênita frequente que gera um shunt esquerda-direita, com sobrecarga de cavidades direitas e risco de hipertensão pulmonar...