O risco de AVC é inerente ao TAVI e, para além dos eventos clinicamente evidentes, existe muita evidência de embolia em estudos que utilizaram ressonância magnética com difusão ou Doppler transcraniano. Vários dispositivos foram desenvolvidos e testados para reduzir o risco de AVC, embora em trabalhos relativamente pequenos e com conclusões controversas. O objetivo deste trabalho é reunir toda a informação disponível e realizar uma metanálise sobre a segurança e eficácia dos dispositivos de proteção cerebral durante o TAVI.
Foram incluídos 8 trabalhos com 1.285 pacientes em total. A taxa de sucesso do implante do dispositivo de proteção foi de 94,5%.
A incidência global de AVC foi de 4,8% nos pacientes que utilizaram proteção cerebral e de 6% naqueles sem proteção. A taxa de novas lesões isquêmicas cerebrais silentes detectadas por ressonância com difusão foi de 80%.
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O uso dos dispositivos de proteção não se associou a diferenças na mortalidade em 30 dias (OR: 0,43, IC 95% 0,18 a 1,05; p = 0,3), mas sim a uma maior taxa de AVC no mesmo período (OR: 0,45, IC 95% 0,31 a 0,98; p = 0,04), com um número necessário de 33 pacientes a serem tratados para evitar um evento.
Não foram detectadas diferenças em relação ao número de novas lesões, apesar de os dispositivos terem se associado a um volume total menor de lesões. O maior benefício da utilização de dispositivos de proteção cerebral se observou nas válvulas autoexpansíveis.
Conclusão
O uso de dispositivos de proteção cerebral não se associou a uma redução da mortalidade durante o TAVI, mas sim a uma menor taxa de AVC em 30 dias. Não se reduzem as novas lesões diagnósticas por ressonância magnética com difusão, mas sim o volume das mesmas.
Título original: Cerebral protectionduring TAVR reduces theincidenceofmajor cerebrovascular events: resultsfroman up-to-date systematicreview and meta-analysis.
Apresentador: L. Testa.
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