EuroPCR 2018 | SAPIEN 3 em bicúspides

Os resultados em pacientes com valvas bicúspides que receberam TAVI de 1ª geração foram subótimos e os trabalhos que testaram as novas gerações como a SAPIEN 3 excluíram em seus protocolos ditos pacientes. Portanto, faltava informação sobre os resultados dos novos dispositivos em pacientes com valvas bicúspides.

Este trabalho comparou os resultados do TAVI com SAPIEN 3 em pacientes com valva bicúspide nativa vs. tricúspide do registro do mundo real STS / ACC TVT. O registro incluiu 63.851 pacientes, dos quais 1.792 apresentavam valvas bicúspides vs. 55.023 com valvas tricúspides.

 

Os pacientes com anatomia bicúspide eram mais jovens e com menor risco relativo que os outros. Em dita população o TAVI teve um sucesso de implante de 96,6% e uma taxa muito baixa de complicações relacionadas com o procedimento (menos de 1% de ruptura do anel, necessidade de uma segunda válvula ou conversão a cirurgia convencional).


Leia também: EuroPCR 2018 | Metanálise sobre proteção cerebral durante o TAVI.


A taxa de AVC foi superior no grupo com anatomia bicúspide (2,5% vs. 0,9%).

 

A taxa de regurgitação paravalvar foi baixa e semelhante em ambos os grupos.

 

Conclusão

O TAVI com o dispositivo SAPIEN 3 deve ser considerado como uma alternativa em pacientes com anatomia bicúspide e risco cirúrgico intermediário ou alto.

 

Título original: SAPIEN 3 outcomes for bicuspid vs. tricuspid aortic valve stenosis: propensity matched results.

Apresentador: Raj Makkar.


Subscreva-se a nossa newsletter semanal

Receba resumos com os últimos artigos científicos

Sua opinião nos interessa. Pode deixar abaixo seu comentário, reflexão, pergunta ou o que desejar. Será mais que bem-vindo.

Mais artigos deste autor

Desafios contemporâneos na oclusão do apêndice atrial esquerdo: enfoque atualizado sobre a embolização do dispositivo

Embora a oclusão percutânea do apêndice atrial esquerdo seja, em geral, um procedimento seguro, a embolização do dispositivo – com uma incidência global de...

Remodelamento cardíaco após a oclusão percutânea da CIA: imediato ou progressivo?

A comunicação interatrial (CIA) é uma cardiopatia congênita frequente que gera um shunt esquerda-direita, com sobrecarga de cavidades direitas e risco de hipertensão pulmonar...

É realmente necessário monitorar todos os pacientes após o TAVI?

Os distúrbios de condução (DC) posteriores ao implante percutâneo da valva aórtica (TAVI) constituem uma complicação frequente e podem incidir na necessidade de um...

Valvoplastia aórtica radial: vale a pena ser minimalista?

A valvoplastia aórtica com balão (BAV) foi historicamente empregada como estratégia de “ponte”, ferramenta de avaliação ou inclusive tratamento paliativo em pacientes com estenose...

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here

Artigos Relacionados

Congressos SOLACIspot_img

Artigos Recentes

COILSEAL: Utilização de coils na angioplastia coronariana: uma ferramenta de valor nas complicações?

A utilização de coils como ferramenta de oclusão vascular tem experimentado uma expansão progressiva, partindo de seu uso tradicional em neurorradiologia até incorporar-se ao...

Tratamento da reestenose intrastent em vasos pequenos com balões recobertos de paclitaxel

A doença arterial coronariana (DAC) em vasos epicárdicos de menor calibre se apresenta em 30% a 67% dos pacientes submetidos a intervenção coronariana percutânea...

Desafios contemporâneos na oclusão do apêndice atrial esquerdo: enfoque atualizado sobre a embolização do dispositivo

Embora a oclusão percutânea do apêndice atrial esquerdo seja, em geral, um procedimento seguro, a embolização do dispositivo – com uma incidência global de...