O Dr. Gustavo Vignolo (Uruguai) assumiu o cargo de Diretor das Jornadas SOLACI após a bem-sucedida gestão do Dr. Mario Araya (Chile) à frente da área entre 2017 e 2020.
O doutor Vignolo é Médico Especialista em Medicina Intensiva e em Cardiologia, formado em Cardiologia Intervencionista no Hospital de Clínicas e no Centro Cardiológico Americano de Montevidéu, Uruguai. Atualmente é Professor Adido de Cardiologia da Universidade da República (Montevidéu, Uruguai) e desempenha-se como Cardiologista Intervencionista do Serviço de Hemodinâmica do Centro Cardiológico Americano, em Montevidéu, Uruguai.
As Jornadas SOLACI foram criadas em 2006 com o objetivo de desenvolver a cardiologia intervencionista em todos os países da América Latina mediante a promoção da integração regional entre todos os profissionais. Para isso, o Dr. Vignolo estará acompanhado pelo Dr. Márcio Montenegro (Brasil) como Vice-presidente e pelo Dr. Ricardo Coloma Araniya (Peru) como Secretário Científico da área.
A Solaci.org dialogou com o novo Diretor para conhecer as ideias e projetos que ele pretende implementar durante sua gestão, que se estenderá até dezembro de 2023.
Como o senhor avalia a trabalho que as Jornadas vêm realizando?
Ao longo de sua existência, as Jornadas SOLACI se guiaram por sua missão, que podemos resumir em difundir e fomentar o avanço da Cardiologia Intervencionista na América Latina, estimular o desenvolvimento acadêmico e promover a integração regional dos cardiologistas intervencionistas.
É assim que depois de seus quase 15 anos de trabalho conjunto e de 41 Jornadas podemos dizer que a visão inicial de se transformar em uma atividade de referência para o desenvolvimento da Cardiologia intervencionista na América Latina foi cumprida. As Diretorias prévias das Jornadas realizaram um esforço constante de conseguir os melhores vínculos com enfermeiros, técnicos e cardiologistas das diferentes sedes, adaptando os programas a suas preferências e necessidades. Devo destacar o profissionalismo e a eficácia dos responsáveis pelos comitês de enfermagem e de técnicos, que constituem um aspecto diferencial e destacável de Jornadas.
A ideia original de levar as atividades científicas a lugares aos quais o Congresso SOLACI não chega por questões logísticas constituiu um importante valor agregado dirigido à integração de nossos profissionais.
Quais são os projetos e objetivos que guiarão sua gestão?
O primeiro objetivo será manter uma agenda de atividade anual assegurando uma qualidade que esteja de acordo com o nível alcançado previamente. Isso constitui um importante desafio em função das circunstâncias que estamos vivendo e que, entre outras coisas, privam-nos da presencialidade tão característica das Jornadas SOLACI. É por isso que teremos que adaptar nossa atividade à nova realidade. Por um lado, realizaremos Jornadas Virtuais sob a modalidade de webinars, começando com as Jornadas que estão sendo organizadas por nossos colegas da Venezuela (26-28/05/2021). Isso nos permitirá aumentar a difusão das Jornadas mantendo o espírito regional na integração da atividade. Juntamente com os doutores Montenegro e Coloma temos a ideia de manter atividades clássicas das Jornadas como “Um caso, uma aprendizagem” ou o “Concurso de Jovens Cardiologistas”, mas também somar novas atividades de interesse para a comunidade de cardiologistas intervencionistas.
Um objetivo primordial que nos traçamos foi o de somar experiência para contribuir para o nosso crescimento. Em tal sentido, foi criado um Comitê Assessor das Jornadas integrado por seus Ex-diretores, isto é, pelos Drs. Daniel Berrocal, Ariel Duran, Pedro Hidalgo, Jorge Mayol e Mario Araya.
Será nossa prioridade aumentar a integração das Jornadas com os demais empreendimentos da SOLACI, como o ProEducar, o Congresso e o SolSOLACI, buscando contribuições de mútuo proveito.
Quem os acompanhará em sua gestão?
Em primeiro lugar, tenho a honra de compartilhar a direção das Jornadas com o Dr. Márcio Montenegro como Vice-diretor e o Dr. Ricardo Coloma como Diretor Científico.
O Dr. Montenegro se desempenhou como Diretor Científico das Jornadas no período prévio e atualmente é o Diretor Geral do Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro do Rio de Janeiro.
O Dr. Coloma é um colaborador destacado das Jornadas que atualmente se desempenha como Chefe da Unidade de Hemodinâmica do Hospital da Força Aérea do Peru e como Cardiologista Clínico e Intervencionista da Clínica Delgado e da Clínica SANNA San Borja.
Liderando o comitê de Técnicos, Enfermeiros e Tecnólogos Médicos acompanha-nos a Enfermeira Margarita García, diretamente de San José da Costa Rica (Hospital SIMA e Clínica Bíblica), de reconhecida capacidade técnica e organizativa.
Todos eles demonstraram um forte compromisso com as Jornadas e tenho certeza de que sua atividade será extremamente efetiva para a comunidade intervencionista da América Latina através deste empreendimento. A equipe de profissionais também está composta pela Direção da SOLACI, que sempre nos deu seu apoio e colaboração.
Não posso deixar de destacar o trabalho de excelência realizado pela Sra. Laura Stura, Secretária das Jornadas, que se constituiu em um pilar imprescindível para nosso trabalho, bem como o da Sra. Flavia de Luca, Secretária da SOLACI, e o do Sr. Juan Ventura, responsável pelo excelente site de nossa sociedade.
Por que é importante que continue existindo uma área como as Jornadas SOLACI na América Latina?
A necessidade de que as Jornadas continuem existindo é consequência direta de sua missão, resumida acima. É fundamental conseguirmos a participação dos colegas de cada região baseada em seus interesses particulares como forma de assegurar a maior integração possível.
Devemos destacar que a participação anual nas Jornadas antes da atual pandemia alcançava 1500 pessoas, aproximadamente, o que reafirma sua vigência e necessidade de permanência como parte da SOLACI.
Nestes tempos tão particulares que estamos vivendo, embora a virtualidade tenha conseguido manter as atividades acadêmicas, as Jornadas têm um valor agregado muito particular em termos sociais.
Nesse sentido, as Jornadas facilitam o conhecimento pessoal dos colegas de distintos países e regiões, permitem aprender deles e de suas realidades, promovem o desenvolvimento de amizades e oportunidades de colaboração profissional e, fundamentalmente, consolidam o objetivo final de melhorar entre todos a assistência a nossos pacientes no que à nossa especialidade se refere.
Sem dúvida, será um desafio buscar novas formas de atividade que permitam paliar a falta de presencialidade ocasionada pela pandemia.
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