A presença de anel pequeno, definido neste Registro como um diâmetro < 23 mm ou um diâmetro indexado < 12 mm/m2 mediante tomografia, continua sendo um dos grandes desafios que apresenta o tratamento cirúrgico – e também o TAVI – na valva aórtica.
O FRANCE-TAVI Registry analisou 1195 pacientes que apresentaram anel pequeno. Dentre eles, 895 (74,9%) foram tratados com válvulas balão-expansíveis (BEV) e 300 com válvulas autoexpansíveis (SEV).
Devido ao fato de as populações não terem sido similares, fez-se um propensity score match, ficando 696 pacientes com BEV e 232 com SEV.
O desfecho primário (DP) foi a presença de PPMI moderado ou severo em um ano.
A idade média foi de 82 anos e o EuroScore foi de 4,5. A fração de ejeção foi de 60%.
O acesso femoral foi o mais frequente (aproximadamente 90%), não houve diferenças na pré-dilatação ou no diâmetro das válvulas implantadas.
As complicações intra-hospitalares foram baixas e sem diferenças, mas a necessidade de marca-passo foi maior nas SEV (9,3% vs. 18,3%; p = 0,003).
O DP foi favorável às SEV, o PPMI severo foi de 8% vs. 3,5% (p =< 0,001 e o PPMI moderado ou severo foi de 38,5% vs. 15,6%; p < 0,001).
O gradiente médio e a área valvar em um ano também foram favoráveis às SEV (13,8 mmHg vs. 8,5 mmHg; p =< 0,001 e 1,1 cm2/m2 vs. 0,9 cm2/m2.
Em 3 anos de seguimento a mortalidade foi maior nos pacientes que apresentaram PPMI bem como fibrilação atrial.
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Os autores concluíram que as SEV apresentaram menor PPMI e um melhor perfil hemodinâmico, além do fato de a presença de PPMI em 3 anos se associar com maior mortalidade.
Dr. Carlos Fava.
Membro do Conselho Editorial da SOLACI.org.
Título Original: Transcatheter Aortic Valve Replacement in Small Aortic Annuli: Results From the FRANCE-TAVI Registry. Walid Ben-Al.
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