O acesso radial convencional (ARC) demonstrou um grande benefício ao diminuir os sangramentos e as complicações. Além disso, trata-se de uma abordagem que proporciona mais conforto ao paciente.
Atualmente começa a ser utilizado em alguns pacientes o acesso radial distal (ACD). Seu benefício ainda não é claro, já que foi analisado em poucos estudos.
Nesse sentido, esta metanálise realizada a partir de 28 estudos incluiu um total de 9151 pacientes, dentre os quais 4474 foram abordados por ARD (48,9%) e 4677 por ARC (51,9%).
O ARD se associou a um tempo mais curto para alcançar a homeostase (mean difference, MD: −32,49 [95% confidence interval, CI: −65,53, −2,46], p < 0,00001) e a uma incidência reduzida de oclusão da artéria radial (risk ratio, RR: 0,38 [95% CI: 0,25, 0,57], p < 0,00001), sangramentos (RR: 0,44 [95% CI: 0,22, 0,86], p = 0,02) e pseudoaneurismas (RR: 0,41 [95% CI: 0,18, 0,99], p = 0,05).
Por outro lado, associou-se a maior tempo para realizar a punção (MD: 0,31 [95% CI: −0,09, 0,71], p < 0,00001) e a uma taxa mais alta de crossover (RR: 2,75 [95% CI: 1,70, 4,44], p < 0,00001).
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Não houve diferenças significativas em outros aspectos técnicos e quanto às complicações.
Conclusão
O acesso direto é seguro e factível para a coronariografia e para as angioplastias (ATC). Em comparação com o ARC, o ARD proporcionou um tempo de homeostase mais curto, uma menor incidência de RAO, qualquer sangramento e pseudoaneurismas. Por outro lado, associou-se com um incremento do tempo da punção e com uma taxa mais alta de crossover.
Dr. Carlos Fava.
Membro do Conselho Editorial da SOLACI.org.
Título Original: Distal versus conventional radial artery access for coronarycatheterization: A systematic review and meta‐analysis.
Referência: Julien Feghaly, et al. Catheter Cardiovasc Interv. 2023;101:722–736.
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