Título original: Elevated Plasma Fibrinogen Rather Than Residual Platelet Reactivity After Clopidogrel Pre-Treatment Is Associated With an Increased Ischemic Risk During Elective Percutaneous Coronary Intervention. Referência: Lawrence Ang et al. J Am Coll Cardiol 2013;61:23–34.
Os testes de função plaquetária identificaram diferenças na resposta de cada paciente ao clopidogrel e menor inibição plaquetária foi associada com eventos trombóticos e isquémicos após angioplastia coronária (ATC).
O fibrinogênio, um reagente de fase aguda, intervém na via final comum da cascata da coagulação. O objetivo deste estudo foi o de esclarecer o papel do fibrinogênio em eventos isquêmicos em curto prazo em pacientes sob tratamento com clopidogrel submetidos a uma ATC agendada.
Incluiu um total de 189 pacientes sem evidências angiográficas de complicação alguma após uma ATC aos quais foi administrada proteína C reagente, fibrinogênio, biomarcadores cardíacos e teste de função plaquetária utilizando VerifyNow P2Y12.
Um nível de fibrinogênio sérico ≥ 345 mg/dl em ausência de inflamação sistêmica (proteína C reagente ≤ 0,5 mg/dl) foi associado de maneira independente ao infarto periprocedimento, não tendo sido encontrada relação entre a reatividade plaquetária residual sob clopidogrel e este mesmo evento.
Conclusão:
Em pacientes submetidos a angioplastia coronariana programada, o nível sérico de fibrinogênio foi encontrado associado em forma independente a infarto periprocedimento ao contrário da reatividade plaquetária.
Comentário editorial:
A falta de relação neste estudo entre o teste de reatividade plaquetária e o infarto periprocedimento poderia ser atribuído ao tamanho reduzido da mostra, visto que outros estudos maiores (principalmente o GRAVITAS) mostraram o contrário. Além disso, este estudo definiu o infarto periprocedimento como a elevação de troponinas ou CKMb > 3 vezes o limite normal e já havíamos comentado previamente a fraca relação entre essa elevação de laboratório e a clínica.
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