Fármacos para tratar a hipertensão arterial reduzem o risco de demência 

Tomar betabloqueadores poderia ajudar a reduzir o risco de demência, segundo um novo estudo. O Dr. Lon White, do Pacific Health Research and Education Institute em Honolulu, Havaí, Estados Unidos, quem apresentará seus dados no 65º Congresso Anual da American Academy of Neurology em San Diego , em março, descreveu o descobrimento como «fascinante». Ele e seus colaboradores descobriram a relação entre os betabloqueadores e a demência depois de estudar 174 anciões japoneses e americanos que foram incorporados no Estudo do Envelhecimento de Honolulu-Ásia. 

Os estudos post-mortem revelaram que, de todos os participantes, 610 tinham hipertensão arterial ou estavam recebendo tratamento deste transtorno com medicamentos. Entre os cerca de 350 que tinham sido tratados, 15% tomavam só um betabloqueador, para 18% tinham sido receitados um betabloqueador além de um ou mais medicamentos diferentes e os restantes recebiam outros fármacos para o tratamento da pressão arterial. Embora qualquer tipo de tratamento da pressão arterial foi melhor que nenhum, os pesquisadores descobriram que os homens que tinham tomado somente betabloqueadores para o tratamento da pressão arterial tinham menos anomalias cerebrais que os que não tinham se tratado de sua hipertensão ou que tinham recebido outros fármacos como tratamento da mesma. 

Os cérebros dos participantes que tinham recebido betabloqueadores e outros fármacos resultaram com uma redução intermediária no número de anomalias encefálicas, incluídos dois tipos de lesões cerebrais: as que indicam doença de Alzheimer e os micro infartos. Os homens que tinham tomado só betabloqueadores, ou em combinação com outro fármaco para tratar a pressão arterial tinham uma retração significativamente menor nos seus cérebros. «Dado que o número de pessoas com doença de Alzheimer aumentará significativamente a medida que nossa população envelhecer, fica cada vez es mais importante identificar os fatores que poderiam retrasar ou evitar a doença», disse o Dr. White. «Estes resultados são muito fascinantes, sobre tudo porque os betabloqueadores constituem um tratamento frequente da hipertensão arterial». 

Fonte: Medcenter.com, el portal médico líder de Latinoamérica

SOLACI.ORG

Mais artigos deste autor

Tratamento antiplaquetário dual em pacientes diabéticos com IAM: estratégia de desescalada

A diabetes mellitus (DM) é uma comorbidade frequente em pacientes hospitalizados por síndrome coronariana aguda (SCA), cuja prevalência aumentou na última década e se...

AHA 2025 | Estudo OCEAN: anticoagulação vs. antiagregação após ablação bem-sucedida de fibrilação atrial

Após uma ablação bem-sucedida de fibrilação atrial (FA), a necessidade de manter a anticoagulação (ACO) a longo prazo continua sendo incerta, especialmente considerando que...

TCT 2025 | STORM-PE: trombectomia mecânica com Penumbra Lightning+AC vs. anticoagulação TEP de risco intermediário-alto

O tromboembolismo pulmonar (TEP) de risco intermediário-alto continua representando um desafio terapêutico no qual a anticoagulação se mantém como o tratamento padrão, embora com...

HELP-PCI: Uma vantagem passageira da heparina precoce no infarto agudo com supradesnivelamento do ST?

No infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do ST (IAMCSST), a estratégia de reperfusão imediata por meio da angioplastia primária (pPCI) continua sendo o...

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here

Artigos Relacionados

Congressos SOLACIspot_img

Artigos Recentes

Tratamento antiplaquetário dual em pacientes diabéticos com IAM: estratégia de desescalada

A diabetes mellitus (DM) é uma comorbidade frequente em pacientes hospitalizados por síndrome coronariana aguda (SCA), cuja prevalência aumentou na última década e se...

COILSEAL: Utilização de coils na angioplastia coronariana: uma ferramenta de valor nas complicações?

A utilização de coils como ferramenta de oclusão vascular tem experimentado uma expansão progressiva, partindo de seu uso tradicional em neurorradiologia até incorporar-se ao...

Tratamento da reestenose intrastent em vasos pequenos com balões recobertos de paclitaxel

A doença arterial coronariana (DAC) em vasos epicárdicos de menor calibre se apresenta em 30% a 67% dos pacientes submetidos a intervenção coronariana percutânea...