A importancia do Fluxo TIMI 3 na angioplastia primária

Título original: Predicitors of suboptimal TIMI flow alter primary angioplasty for acute myocardial infarction: results from the HORIZON-AMI trial.  Referência: Adriano Caixeta et al.  Eurointervention 2013;9:220-227

A angioplastia primária demonstrou maior eficácia que os trombolíticos, sem embargo, em um de cada quatro pacientes (ptes) não é possível obter fluxo TIMI 3. No Horizons-AMI randomizaram-se  3602 ptes a receber bivalirudina ou heparina mais inibidores IIbIIIa, e logo da angiografia uma segunda randomização a stent farmacológico ou convencional.

O objetivo primário desta análise foi avaliar os preditores angiográficos, clínicos e do procedimento de fluxo sub-ótimo (TIMI <3) logo após o implante do stent. O secundário foi o impacto em 3 anos de fluxo sub-ótimo (TIMI 0-2 vs. TIMI 3) Realizou-se angioplastia em 3.345 (92.9%) ptes dos quais 2.758 (87.1%) tiveram fluxo TIMI 3 final.

Os que apresentaram TIMI

A trombo-aspiração foi usada com maior frequência nos ptes com TIMI

Em 30 dias e em 3 anos o fluxo final TIMI

Conclusão:

Neste estudo em grande escala a falta de restauração do fluxo TIMI 3 foi associado a mais idade, infarto anterior, fluxo TIMI 0-1  e comprimento da lesão, além de ser um forte preditor de mortalidade.

Comentário editorial:

Este estudo nos mostra que a não obtenção de TIMI 3 está associada a maior mortalidade em 3 anos, como já tinham demonstrado os estudos PAMI, Cadillac e Apex AMI em 6 meses. Tal vez seja importante ter um bom serviço pré-hospitalar com pessoal treinado para evitar a passagem pelo departamento de emergências, encaminhando o paciente diretamente ao laboratório de hemodinâmica.

Gentileza Dr Carlos Fava.
Cardiologista Intervencionista.
Fundação Favaloro.
Buenos Aires, Argentina.

Dr. Carlos Fava para SOLACI.ORG

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