Título original: Clinical Outcomes of the Resolute Zotarolimus-Eluting Stent in Patients With In-Stent Restenosis Two-Year Results From a Pooled Analysis. Referência: Gert Richardt et al. J Am Coll Cardiol Intv 2013, article in press.
Estudos prévios reportaram uma revascularização da lesão alvo (TLR) de 15% e do vaso alvo (TVR) de 22% ao ano de tratar uma lesão por reestenose intrastent. O estudo randomizado RAC (RESOLUTE All Comers) e o registro RINT (RESOLUTE International) incluiram uma importante quantidade de pacientes com lesões complexas incluindo reestenose intrastent.
Do total dos 3849 pacientes incluídos entre os dois estudos, 281 (8.1%) receberam um stent eluidor de zotarolimus Resolute (Medtronic Vascular, Santa Rosa, California) para tratar lesões por reestenose intrastent e o resto por lesões de novo.
Em um ano não se observaram diferenças nos end points entre os pacientes que receberam o stent Resolute por reestenose intrastent em comparação com os que apresentavam lesões de novo. Porém, no seguimento em dois anos, os pacientes com reestenose intrastent prévia apresentaram maior TLR (12.7% vs 4.3%, p=0.017), maior TVR (14.5% vs 5.7%, p=0.007) e mais eventos cardíacos (19.9% vs 11.1%, p=0.011) em comparação com os pacientes com lesões de novo. A trombose intrastent embora tenha sido numericamente maior, não atingiu a significancia (2.5% vs 1.2%, p=0.332).
Em dois anos não foram observadas diferenças entre os pacientes que foram tratados por reestenose intrastent de um stent convencional vs reestenose intrastent de un stent farmacológico.
Conclusão:
O uso do stent eluidor de zotarolimus Resolute para tratar pacientes com reestenose intrastent, tanto de stents convencionais como farmacológicos, resultou seguro embora com uma maior incidência de revascularização em comparação com os pacientes com lesões de novo.
Comentário editorial:
Quase a metade dos pacientes incluídos em ambos trabalhos por reestenose intrastent ingressaram cursando uma síndrome coronária aguda e isto coincide com alguns reportes actuais que refutam a ideia original de que a reestenose intrastent é clinicamente benigna. Este é o primeiro trabalho que analiza os resultados em reestenose intrastent da nova geração de stents farmacológicos de cobalto-cromo eluidores de limus.
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