Paclitaxel Eluting Balloon contra DES para reestenose intra-stent (RIS)

Título original: Paclitaxel – coated balloon catheter compared with drug- eluting stent for drug-eluting stent restenosis in routine clinical practice. Referência: SeijiHabara et al.EuroIntervention 2015; 10-online publish-ahead-of-printFebruary 2015.

O Paclitaxel Eluting Balloon (PEB) provou ser análogo do que o uso de Stent Farmacológico (SF) no tratamento da reestenose intra-stent (RIS). O objetivo deste estudo é comparar a eficácia de PEB contra um novo implante de SF no tratamento de RIS. Este é um estudo retrospectivo, analítico, em um único centro, que incluiu 685 pacientes com RIS. 260 pacientes com 306 lesões foram realizados angioplastia coronária transluminale (ATC) com PEB e 425 pacientes com 471 lesões foram realizados com DES.

Um seguimento angiográfico foi realizado entre 6-8 meses e uma clínica em 12 meses. O desfecho primário foi à presença de reestenose binária. Os desfechos secundários incluíram: Revascularização, morte cardíaca, infarto do miocárdio, trombose intra-stent, e perda tardia do lúmen. Não foi observada diferença significativa para o retorno do RIS entre PEB e grupos DES (23,5% versus 25,9%, p = 0,48). A incidência de nova revascularização por lesão e para o paciente não apresentou diferença significativa (lesão: 15,7% no grupo de PEB e 20,3% no grupo DES, p = 0,13; por paciente: 16,7% no grupo de PEB e de 19,4% no DES grupo, p = 0,41).

Uma diferença significativa do lúmen perda tardia de 0,34 +/- 0,57 milímetros em grupo PEB contra 0,68 +/- 0,76 no grupo DES (p <0,001). Não foram observadas diferenças significativas em relação aos pontos finais clínicos. Em pacientes sem RIS focal e bifurcação, para os desfechos, observamos lúmen perda tardia, novo ISR e nova revascularização um benefício significativo em favor da PEB (0,38 +/- 0,56 milímetros contra 0,89 +/- 0,88 milímetros p <0,001; 25,4 % versus 40,9%, p <0,002; 17,5% versus 31,2%, p = 0,003, respectivamente).

Conclusão

Não houve diferença significativa angiográfica e clínica e no tratamento da RIS foi observada usando PEB ou DES. O uso de PEB poderia ter maior benefício na RIS difusa e bifurcação.

Discussão Editorial

Acreditamos que este trabalho é notável em vários aspectos:

  • Inclui pacientes do “mundo real” usando PEB ou qualquer DES sobre qualquer outro DES e este fato não refletem diferenças nos resultados.
  • Reforça o posicionamento de PEB no tratamento da RIS, de acordo com o Guia de Revascularização Europeia 2014 que localiza este, como indicação IA.
  • Fornece evidência para a utilização de BPEs em RIS mais complexo.

Cortesia de Doutores Juan Pablo Bachini e Pedro Trujillo.

Montevideo. Uruguai.

Dres. Juan Pablo Bachini y Pedro Trujillo

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