É conhecido o efeito protetor dos níveis elevados de HDL. Em estudos anteriores a administração de Dalcetrapib aumentou o HDL em 30% acima da linha base. O objetivo foi testar a administração de Dalcetrapib no contexto de síndromes coronarianas agudas (SCA). Foram randomizados 15.871 pacientes que foram internados por SCA para receber Dalcetrapib ou placebo. O desfecho primário foi a ocorrência de morte cardíaca, infarto de miocárdio, icto, nova hospitalização por SCA ou reanimação cardiopulmonar. Dos pacientes, 97% receberam algum tipo de revascularização; o resto do tratamento médico foi padrão. No acompanhamento em 31 meses a droga produziu um aumento de 30% do nível de HDL mas não houve diferenças no desfecho primário (HR =1,04 p=0,52). Foi observado um aumento significativo da pressão arterial e da proteína C reativa comparado com o grupo placebo.
Conclusão: O Dalcetrapib não reduziu eventos em pacientes internados por SCA.
Comentário editorial: Novamente, uma droga fisiopatologicamente muito interessante não transfere os seus efeitos de laboratório para os resultados clínicos. Outras drogas da mesma família mostraram efeitos secundários semelhantes sobre a pressão arterial, portanto, deveria ser considerado como efeito de classe. Não há evidência ainda para utilizá-la no contexto de SCA.
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Gregory G Schwartz
2012-11-05
Título original: Effects of the Cholesteryl Ester Transfer Protein Inhibitor Dalcetrapib in Patients with Recent Acute Coronary Syndrome.