Os pacientes com suspeita de síndrome coronariana aguda (SCA) e sem sinais claros de isquemia no eletrocardiograma não se beneficiam com um protocolo de troponina T ultrassensível com disponibilidade dos resultados entre a hora 0 e 1 (ultrarrápida) em comparação com o protocolo convencional, no qual os resultados estão disponíveis entre a hora 0 e a 3.
Estes dados surgem do estudo RAPID-TnT, apresentado durante as sessões científicas do congresso do ACC 2021 e simultaneamente publicado no Circulation.
O RAPID-TnT incluiu 3378 pacientes com suspeita de SCA em um protocolo de teste rápido (hora 0 a 1) com troponina T ultrassensível de 5ª geração (limite de detecção de 4 ng/L) vs. o protocolo padrão (hora 0 a 3) e um limite de detecção de 29 ng/L.
A hipótese do estudo foi que esta informação sensível mais rápida poderia ajudar na tomada de decisões e finalmente impactar nos eventos, algo que finalmente não aconteceu.
O protocolo ultrarrápido se associou com menos testes funcionais e mais coronariografias e revascularização, mas não se traduziu em diferenças de mortalidade ou infarto em um ano em comparação com o protocolo convencional (5,0% vs. 3,8%; HR 1,32; IC 95% 0,95 a 1,83).
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Esta informação preenche uma lacuna que existia em termos de velocidade de diagnóstico. Especulava-se que quanto mais rápido tivéssemos os dados melhor administraríamos os exames complementares e isso finalmente impactaria nos eventos clínicos.
RAPID-TnTTítulo original: Late outcomes of the RAPID-TnT RCT: a 0/1-hour high-sensitivity troponin T protocol in suspected ACS.
Referência: Lambrakis K et al. Presentado en el congreso de la ACC 2021 y publicado simultáneamente en Circulation. 2021;Epub ahead of print. DOI: 10.1161/CIRCULATIONAHA.121.055009.
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