O Dr. Sandeep Arunothayaraj apresentou o acompanhamento de 5 anos do estudo EBC Two (que previamente não tinha mostrado diferenças significativas nos desfechos clínicos do acompanhamento de 12 meses) em pacientes randomizados a stent provisional vs. cullotte sistemático em bifurcações que não eram de tronco da coronária esquerda.
O seguimento alcançado foi de 200 pacientes com bifurcações verdadeiras, com ramo lateral ≥ 2,5 mm e um comprimento da lesão ≥ 5 mm, nos quais foram utilizados stents eluidores de drogas de segunda geração. O desfecho primário foi a combinação de mortalidade, infarto do miocárdio ou revascularização do vaso alvo.
A idade média foi de 63 anos e a principal localização foi a bifurcação descendente anterior e diagonal (77,7%). O diâmetro médio da rama foi de 2,7 ± 0,3 mm, com um comprimento da lesão de 10,3 ± 7,2 mm. Em 5 anos.
O desfecho primário ocorreu em 18,4% dos casos em que se usou a técnica provisional e em 23,7% dos pacientes nos quais se utilizou a técnica cullotte sistemático (HR 0,75, IC 95% 0,41-1,38). Não forma observadas diferenças significativas.
Ao analisar os efeitos adversos relacionados com a bifurcação (BACE – oclusão aguda do vaso, trombose do stent, IAM tipo 4 ou nova revascularização) não se evidenciaram diferenças significativas (5,8% vs. 7,2%, HR 0,80, IC 95% 0,27-2,39; p = 0,69).
Leia também: Cobertura EuroPCR 2023.
O uso rotineiro da estratégia cullotte não melhorou os MACE em 5 anos comparando-se com a estratégia de stent provisional (somente 16% desta estratégia requereu stent no ramo lateral).
Dr. Omar Tupayachi.
Membro do Conselho Editorial da SOLACI.org.
Referência: Presentado por Sandeep Arunothayaraj en Late Breaking Trials Sessions, EuroPCR 2023, 16 de mayo de 2023, París, Francia.
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