Este foi um ensaio randomizado que incluiu pacientes com um alto risco de sangramento e que estavam sendo tratados com uma terapia antiplaquetária dual (DAPT) abreviada.
Foram recrutados um total de 747 pacientes, dentre os quais 368 foram submetidos a angioplastia coronariana (ATC) com stent ultrafino Superflex com hastes (struts) de 60 µm (SUF), e 364 pacientes com stent Terumo Tansei com hastes de 89 µm (SF).
O desfecho primário foi NACE em 12 meses.
Não foram observadas diferenças significativas nas características dos pacientes entre os dois grupos. A idade média dos pacientes foi de 74 anos, 29% tinham diabete, 75% apresentavam mais de um critério de risco e 50% apresentavam mais de dois de ditos critérios.
O ultrassom intravascular (IVUS) foi utilizado em 4% dos casos e a tomografia de coerência ótica (OCT) foi utilizada em 1%.
Em 12 meses constatou-se que a taxa de NACE foi de 15,4% para o grupo SUF e de 17,2% para o grupo SF (Hazard Ratio de 0,89, IC de 95%: 0,62-1,28, p de Log-rank = 0,52, p de não inferioridade = 0,02, p de superioridade = 0.55). Não foram observadas diferenças quanto à morte cardíaca, ao infarto, à revascularização do vaso tratado (TVR), ao acidente vascular cerebral, ao sangramento maior, ao conjunto de eventos cardiovasculares adversos maiores (MACCE), TVF, TLF, TLR ou stent provável ou definitivo.
Em resumo, os autores do estudo concluíram que os stents com hastes ultrafinas não são inferiores aos stents com hastes finas.
Dr. Carlos Fava.
Membro do Conselho Editorial da SOLACI.org.
Apresentado por Pieter C Smits durante o Congresso TCT 2023.
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