Altas doses de Rosuvastatina em síndromes coronárias agudas

Título Original: Rosuvastatin calcium in acute coronary sydromes Referência: Aggarwal, R. et al, Expert Opinion on Pharmacotherapy , Volume 14, Number 9, June 2013 , pp. 1215-1227(13).

A diminuição do colesterol das lipoproteínas de baixa densidade (LDL-C) mediante a redução dos inibidores de 3-hidroxi-3-metilgutaril coenzima A (HMGCoA) -estatinas- tem uma vantagem demonstrada para a sobrevida em pacientes que apresentam síndrome coronária aguda (SCA). Estes continuam tendo um risco importante de morte por causas cardiovasculares e infarto de miocárdio não mortal, a pesar do alto cumprimento dos tratamentos de prevenção secundária assinalados pelas diretrizes atuais. Neste sentido, no artigo  se adverte que persiste a necessidade de avaliar os possíveis efeitos positivos de uma redução mais intensiva do LDL-C depois da apresentação da SCA. A rosuvastatina é a mais potente das estatinas atualmente disponíveis e tem algumas propriedades farmacológicas singulares que podem oferecer vantagens nestes pacientes.

Os autores do estudo realizaram uma pesquisa bibliográfica em Medline para identificar estudos sobre a rosuvastatina e o emprego de estatinas na síndrome coronária aguda que tivessem sido publicados em inglês. Nesta análise descreveram a farmacologia da rosuvastatina e também analisaram a sua eficácia e tolerabilidade. Também, avaliaram os estudos publicados a respeito do tratamento da SCA com estatinas e ofereceram uma opinião sobre o emprego da rosuvastatina na SCA.

Logo da análise, os autores determinaram que existem provas de estudos clínicos adequadas, que confirmam a eficácia para a redução do LDL-C e a tolerabilidade da rosuvastatina, em doses altas,  na síndrome coronária aguda. Embora existem motivos teóricos lógicos para levar em conta a utilização precoce da rosuvastatina em doses altas na  SCA, o grau de comprobação científica disponível ainda é provisório para justificar uma mudança completa com respeito ao padrão de tratamento atual.

 Fonte: Medcenter.com, o sítio web médico líder de Latino América

 

SOLACI.ORG

Mais artigos deste autor

SCACEST e uso de bivalirudina vs. heparina: em busca dos resultados do BRIGHT-4

Diversos estudos e registros demonstraram o impacto das complicações posteriores à angioplastia (PCI) na sobrevivência dos pacientes com síndrome coronariana aguda com elevação do...

TAVI e fibrilação atrial: que anticoagulantes deveríamos usar?

A prevalência de fibrilação atrial (FA) em pacientes submetidos a TAVI varia entre 15% e 30%, dependendo das séries. Essa arritmia está associada a...

Stents de hastes ultrafinas vs. stents de hastes finas em pacientes com alto risco de sangramento que são submetidos a angioplastia coronariana

Vários estudos in vivo demonstraram que os stents com hastes ultrafinas apresentam um menor risco trombogênico do que os stents com hastes finas, o...

Devemos suspender a anticoagulação antes do TAVI?

Aproximadamente um terço dos pacientes que são submetidos a TAVI apresentam fibrilação atrial e estão sob tratamento com anticoagulantes orais (ACO). Isso cria um...

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here

Artigos Relacionados

Congressos SOLACIspot_img

Artigos Recentes

Estudo TRI-SPA: Tratamento borda a borda da valva tricúspide

A insuficiência tricúspide (IT) é uma doença associada a alta morbimortalidade. A cirurgia é, atualmente, o tratamento recomendado, embora apresente uma elevada taxa de...

Estudo ACCESS-TAVI: Comparação de dispositivos de oclusão vascular após o TAVI

O implante transcatéter da valva aórtica (TAVI) é uma opção de tratamento bem estabelecida para pacientes idosos com estenose valvar aórtica severa e sintomática....

Tratamento endovascular da doença iliofemoral para melhorar a insuficiência cardíaca com FEJ preservada

A doença arterial periférica (EAP) é um fator de risco relevante no desenvolvimento de doenças de difícil tratamento, como a insuficiência cardíaca com fração...