Título original: New-generation drug-eluting stents reduce stent thrombosis and myocardial infarction: a propensity-score-adjusted analysis from the multicenter REAL registry. Referência: Vignali L et al. Cath Cardiovasc Interv. 2014; Epub ahead of print.
Comparado com a primeira geração de stents farmacológicos (DES), a nova geração tem um menor risco de trombose intrastent e de infarto agudo de miocárdio a longo prazo.
Este estudo analisou os dados de 2775 pacientes que receberam DES de primeira geração e de 2557 que receberam DES de nova geração incluídos no registro REAL (registro multicêntrico no norte da Itália) entre 2007 e 2011.
Em 3 anos, os DES de nova geração se associaram com uma redução no risco de infarto agudo de miocárdio e trombose definitiva comparado com os primeiros DES embora a taxa de eventos combinados (morte, infarto e revascularização) não resultou diferente entre os grupos.
Logo de emparelhar os pacientes com propensity score a taxa de morte em 3 anos resultou similar (nova geração 7% vs primeira geração 8.7%, HR 0.85 IC 0.68 a 1.06) do mesmo modo que a taxa de infarto (nova geração 5% vs primeira geração 7.4%, HR 0.65 IC 0.5 a 0.82) e de revascularização (10.9% vs 13.5% respectivamente, HR 0.99 IC 0.84 a 1.16). A única diferença significativa foi para a taxa de trombose definitiva (nova geração 0.5% vs primeira geração 1.1%, HR 0.35 IC 0.17 a 0.72).
Conclusão
Os dados de este grande registro multicêntrico, que incluiu pacientes da vida real, confirma que os DES de nova geração comparados com os DES de primeira geração se associam a uma eficácia similar mas com uma segurança no longo prazo maior, dada a redução na taxa de trombose intrastent e infarto agudo de miocárdio.
Comentário editorial
Vários estudos randomizados e meta análises tinham mostrado que os DES mais novos tinham um melhor perfil de segurança, sem embargo, o presente estudo é um dos registros com maior quantidade de pacientes e com seguimento a mais longo prazo que confirmou estes dados na prática clínica diária.
SOLACI