O objetivo deste estudo foi determinar se em pacientes com síndrome coronária aguda sem supradesnível do segmento ST que não tomavam estatinas previamente, receber altas doses de rosuvastatina antes da angiografia coronária o angioplastia poderia exercer proteção na função renal e reduzir a incidência de nefropatia por contraste.
Este estudo prospectivo randomizou 543 pacientes com síndrome coronária aguda sem supradesnível do segmento ST a receber rosuvastatina (271 pacientes) o atorvastatina (272 pacientes) 24 horas antes da exposição ao contraste. O critério de avaliação primário foi o aumento da creatinina maior ou igual a 0,5 mg / dl ou maior ou igual a 25% despois de 72 horas de exposição ao contraste. Os dois grupos tinham caraterísticas clínicas e de procedimento similares. A incidência de nefropatia por contraste foi de 6,7% no grupo de rosuvastatina vs 15,1% no grupo de controle (p = 0,001). O benefício se mantem incluso para as diferentes definições da nefropatia por contraste. O grupo de rosuvastatina também apresentou menores taxas de eventos clínicos adversos em 30 dias (dano renal persistente, necessidade de diálise, infarto de miocárdio, acidente cerebrovascular e morte) 3,6% diante de 7,9% (p = 0,036).
Conclusão: Os paciente que desenvolvem síndrome coronária agudo sem supradesnível do segmento ST e são sometidos a estratégia invasiva precoce beneficiam-se de altas doses de rosuvastatina desde a admissão, exercendo beneficio adicional na prevenção da nefropatia por contraste e associa-se com melhores resultados clínicos a curto prazo.
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Anna Toso
2013-03-12
Título original: Early High-Dose Rosuvastatin for Contrast-Induced Nephropathy Prevention in Acute Coronary Syndrome – PRATO ACS Study