Título original: Percutaneous Transluminal Angioplasty and Drug-Eluting Stents for Infrapopliteal Lesions in Critical Limb Ischemia (PADI) Trial. Referência: Marlon I. Spreen et al. Circ Cardiovasc Interv. 2016 Feb;9(2):e002376.
O tratamento de lesões infrapatelares em pacientes com isquemia crítica de membros inferiores está limitado pela alta taxa de reestenose. A opção mais frequente é a angioplastia com balão mais implante de stent convencional (BMS) só para o caso de dissecções que comprometam o fluxo. Este trabalho multicêntrico e randomizado foi promovido pelos pesquisadores para avaliar se os stents farmacológicos (DES) poderiam melhorar a perviedade e os resultados clínicos da angioplastia em lesões infrapatelares.
Este trabalho randomizou pacientes com isquemia crítica (Rutherford ≥ 4) e lesões infrapatelares a receber angioplastia com balão e BMS de resgate vs. stents farmacológicos eluidores de paclitaxel.
O desfecho primário foi a reestenose binária em seguimento de 6 meses avaliada por angiotomografia. Uma estenose > 50%, reintervenção, amputação maior ou morte relacionada foram consideradas fracasso do tratamento.
Foram tratados 73 pacientes com DES e 64 pacientes com balão ± BMS, observando-se uma perviedade em 6 meses de 48% com DES e de 35% com balão ± BMS (p = 0,096).
A taxa de amputação maior se manteve baixa no grupo que recebeu DES inclusive dois anos depois do procedimento com uma tendência a ser menor que no grupo balão ± BMS.
A taxa de amputações menores em 6 meses foi significativa a favor do grupo DES (p = 0,03).
Conclusão
Em pacientes com isquemia crítica de membros inferiores causada por lesões infrapatelares os stents farmacológicos se associam a uma melhor perviedade no seguimento de 6 meses e uma menor taxa de amputação no mesmo períodos e em um ano, comparando-se com a estratégia de angioplastia com balão e stent convencional de resgate.