A substituição da valva aórtica percutânea (TAVI) com a segunda geração da válvula balão expansível é pelo menos tão boa quanto a cirurgia em pacientes de risco intermediário com estenose aórtica severa sintomática. Para os casos em que se pode utilizar o acesso femoral, o TAVI parece inclusive superior à cirurgia.
Em total foram randomizados 2032 pacientes de risco intermediário em 57 centros a TAVI com a válvula Sapien XT ou cirurgia aberta. A decisão do acesso (transfemoral ou outro) foi tomada previamente à randomização.
A coorte A do PARTNER 2 mostrou que o risco de morte e AVC incapacitante em 2 anos de seguimento (desfecho primário) não é diferente entre os pacientes randomizados a TAVI com a válvula Sapien XT vs. a cirurgia aberta (19,3% vs. 21,1%, respectivamente).
Mais de três quartos dos pacientes que participaram receberam indicação para realizar o procedimento por acesso femoral e, nesse grupo em particular, o TAVI se associou a uma redução de 21% do risco relativo no desfecho primário, o qual alcançou justo a significância (HR 0,79; IC 0,62 a 1,00; p=0,05).
Os pacientes que receberam TAVI tiveram mais complicações vasculares e “leak” paravalvar enquanto que os que receberam cirurgia mostraram mais insuficiência renal aguda, sangramentos maiores e nova fibrilação auricular.