A reestenose de bordas continua sendo um ponto fraco dos stents farmacológicos (DES). O objetivo deste trabalho foi determinar preditores dessa complicação utilizando tomografia de coerência ótica (OCT).
Foram analisados retrospectivamente 319 pacientes que receberam OCT imediatamente após uma angioplastia com stents eluidores de everolimus para avaliar o resultado final e que, ademais, tiveram seguimento angiográfico entre os 9 e os 12 meses.
A reestenose binária angiográfica nas bordas foi de 10%. O OCT mostrou mais frequentemente placas lipídicas nas bordas do stent naqueles pacientes que tiveram reestenose de bordas vs. os que não (61% vs. 20%; p < 0,001), assim como uma menor área luminal mínima (4,13 ± 2,61 vs. 5,58 ± 2,46 mm2; p = 0,001). A análise multivariada confirmou essas duas variáveis como preditores significativos de reestenose de bordas.
Um arco lipídico de 185º (sensibilidade: 71%; especificidade: 72%; área sob a curva: 0,761) e uma área luminal mínima de 4,10 mm2 (sensibilidade: 67%; especificidade: 77%; área sob a curva: 0,787) foram os pontos de corte ideais para predizer reestenose de bordas.
Os resultados deste trabalho não são surpreendentes já que é bem sabido o fato de as placas à entrada ou à saída do stent e a subexpansão dos mesmos serem preditores de reestenose.
Conclusão
O OCT proporciona informação determinante tanto para avaliar o diâmetro e a adequada expansão dos stents como para selecionar a longitude correta do mesmo que, por sua vez, permitirá cobrir a totalidade da placa.
Título original: Optical Coherence Tomography Predictors for Edge Restenosis After Everolimus-Eluting Stent Implantation.
Referência: Ino Y et al. Circ Cardiovasc Interv. 2016 Oct; 9(10).
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