Há inúmeros estudos com dados contraditórios sobre a eficácia relativa da angioplastia carotídea e da endarterectomia carotídea para prevenir o AVC associado a estenose de dita artéria.
Os autores atualizaram a metanálise dos estudos avaliando a eficácia entre as duas técnicas, dada a publicação de estudos recentes.
Foram avaliados todos os estudos publicados desde 30 de abril de 2016 que tivessem randomizado pelo menos 50 pacientes para comparar ambas as técnicas. A angioplastia devia incluir obrigatoriamente sistema de proteção distal.
Foram analisados um total de 6.526 pacientes de 5 estudos randomizados com um seguimento médio de 5,3 anos. O desfecho combinado de morte, infarto e AVC periprocedimento, somado a AVC ipsilateral não periprocedimento foi similar entre ambas as técnicas (OR: 1,22; IC 95%: 0,94 a 1,59).
O risco de qualquer AVC periprocedimento mais AVC ipsilateral não periprocedimento foi maior para a angioplastia (OR: 1,50; IC 95%: 1,22 a 1,84). Este maior risco de AVC esteve claramente conduzido pelos AVC menores periprocedimento (OR: 2,43; IC 95%: 1,71 a 3,46).
Por outro lado, a angioplastia se associou a um menor risco de infarto periprocedimento (OR: 0,45; IC 95%: 0,27 a 0,75) e lesão de pares cranianos.
Conclusão
Tanto a angioplastia carotídea quanto a endarterectomia mostraram uma taxa similar do desfecho combinado de morte, infarto ou AVC periprocedimento mais AVC ipsilateral não periprocedimento. A angioplastia mostrou uma maior taxa global de AVC, basicamente devido aos AVC menores periprocedimento e uma menor taxa de infarto e lesão de pares cranianos em comparação com a cirurgia.
Título original: Carotid Artery Stenting Versus Endarterectomy for Stroke Prevention. A Meta-Analysis of Clinical Trials.
Referência: Partha Sardar et al. J Am Coll Cardiol 2017;69:2266–75.
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