O implante de stents farmacológicos guiado por ultrassonografia intravascular coronariana (IVUS) está associado a menos eventos adversos quando o procedimento é guiado somente por angiografia. Isto é bastante claro em determinadas populações (com a angiografia no tronco como paradigma) mas não estava tão claro em populações não selecionadas “all comers”.
Foram randomizados 1:1 1.448 pacientes que requeriam uma angioplastia com DES a realizar o procedimento com a ajuda do IVUS ou guiado somente por angiografia. O desfecho primário do seguimento de 12 meses foi uma combinação de morte cardíaca, infarto do miocárdio do vaso alvo ou revascularização do vaso alvo justificada pela clínica. O procedimento foi considerado bem-sucedido caso fossem alcançados todos os critérios de implante ótimo por IVUS.
Em 12 meses, observou-se uma taxa de eventos de 2,9% com o grupo IVUS vs. 5,4% no grupo guiado por angiografia (p = 0,019). Ditos eventos ocorreram em somente 1,6% dos pacientes que cumpriram todos os critérios de implante ótimo por IVUS. Se ao menos um dos critérios não se cumpria, o número se elevava a 4,4% (p = 0,029).
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Observou-se também uma redução significativa da revascularização da lesão alvo e da trombose definitiva.
O IVUS demonstrou reduzir eventos em uma população não selecionada de pacientes e não somente nas angioplastias complexas.
Título original: Intravascular Ultrasound-Guided Versus Angiography-Guided Implantation of Drug- Eluting Stent in All-Comers: The ULTIMATE trial.
Apresentador: Junjie Zhang.
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