O Congresso SOLACI-SBHCI 2019 chegou a seu fim, mas a agenda da SOLACI continua cheia de atividades até o final do ano. Com efeito, estamos cada vez mais perto das Jornadas Bolívia 2019 (23 e 24 de agosto em Cochabamba, Bolívia), das Jornadas Panamá 2019 (19, 20 e 21 de setembro, Panamá), e das Jornadas Equador 2019 (11 e 12 de outubro, Manta, Equador).
Por isso, aproveitamos o Congresso SOLACI-SBHCI 2019 para conversar com o Diretor das Jornadas Regionais da SOLACI, Dr. Mario Araya, quem nos falou sobre o trabalho que vêm realizando na área e, além disso, nos adiantou os principais atrativos das Jornadas Científicas deste ano.
-Estamos em um novo Congresso SOLACI. Por que o senhor considera importante que exista um evento latino-americano sobre hemodinâmica que reúna distintos cardiologistas na região?
A América Latina é um continente muito diverso e com uma cardiologia intervencionista muito avançada em algumas regiões. No entanto, existem também brechas e necessidades para melhorar o acesso e o desenvolvimento de novos tratamentos para nossa população. A SOLACI é a oportunidade onde os cardiologistas intervencionistas se encontram com outros cardiologistas e profissionais paramédicos para a discussão e aprendizagem de técnicas e avanços da especialidade. Motiva os jovens a levarem esses avanços a seus países e a desenvolverem protocolos e tratamentos com base no que viram e aprenderam. Em tal tarefa os docentes, as sociedades científicas e a indústria convergem para alcançar esse objetivo.
-Quais são os principais problemas da região para a saúde cardiovascular e com que barreiras o senhor se depara quando visitam os distintos países da América Latina durante as Jornadas?
Considero que os principais problemas na América Latina são o acesso a certos tratamentos como, por exemplo, a reperfusão do infarto, a insegurança dos diferentes níveis e a qualidade de acesso ligada às barreiras sociais existentes e à falta de dados objetivos para chegar a diagnósticos adequados. As Jornadas SOLACI procuram, em cada Congresso, refletir sobre esses temas para que em cada país os estamentos médicos e organizacionais busquem melhorar as taxas de reperfusão e a qualidade dos tratamentos percutâneos nos pacientes.
-Por que as jornadas são importantes nesse contexto e como ajudam a combater essas realidades?
Percebemos, ano após ano, que nos países latino-americanos os cardiologistas intervencionistas têm se mostrado muito conscientes e motivados para melhorar o acesso aos tratamentos. O apoio da Sociedade Latino-americana de Cardiologia Intervencionista e as discussões científicas permitem que as comunidades médicas locais aperfeiçoem seus protocolos e conhecimentos, bem como ajudam a educar os médicos não especialistas no diagnóstico e encaminhamento oportuno. Além disso, pudemos desenvolver novas técnicas de tratamento no programa SOL Solidário para pacientes que não têm acesso a esses tratamentos.
-Comente-nos a respeito do trabalho que o senhor vem realizando nas Jornadas ao longo dos últimos anos. Quais são os desafios que lhe restam enfrentar como Diretor e quais são seus sonhos para as Jornadas a futuro?
Foram anos de um descobrimento de centenas de médicos latino-americanos que lutam para que seus pacientes recebam os tratamentos que necessitam, com dificuldades em algumas ocasiões, mas com força e muita ética. Isso é uma retribuição muito especial para todo o grupo de médicos, técnicos e enfermeiras que continuamente desenvolvem educação e pensamento. Tal objetivo desenvolve um sentido de pertença em relação à missão de nossa sociedade, bem como companheirismo, trabalho em equipe e solidariedade, pilares que herdamos dos fundadores das Jornadas e que tentamos refletir em cada evento.
-Este ano foram organizadas três Jornadas em três países diferentes da América Latina. Quais serão seus principais atrativos e o que podemos esperar?
Este ano, após o nosso Congresso, desenvolveremos as Jornadas SOLACI em Cochabamba (Bolívia), Panamá e Manta (Equador). Esses países irmãos nos abrem suas portas para desenvolvermos nosso projeto educativo em conjunto com as respectivas sociedades locais. Além do programa científico em cada país, que é sempre desafiador e repleto de temáticas de interesse para os médicos e profissionais que participam, desenvolvemos espaços de participação de médicos jovens em formação, concurso de imagens e o desafio da reperfusão do infarto. Além disso, destaco a participação do ativo grupo de Mulheres Intervencionistas da América Latina (Grupo MIL da SOLACI). E deixo para o final o mais bonito: compartilhar com os colegas de distintos países, aprender deles e de suas realidades, desenvolver amizades, conhecer novos países, suas belezas, e saber que o objetivo de tentarmos melhorar a vida de nossos pacientes se alcança dia após dia.
-O que o senhor gostaria de dizer aos leitores da solaci.org?
Convido todos os membros da SOLACI a participarem ativamente destas atividades de educação e de companheirismo. A América Latina necessita a ação e participação de todos para alcançar o objetivo. Este congresso nos dá força e motivação para isso. É uma honra para mim o fato de poder ser diretor das Jornadas SOLACI e trabalhar com o Dr. Gustavo Vignolo, Marcio Montenegro e todos os docentes que nos dão seu apoio.
Se quiser se inscrever para alguma das jornadas deste ano, escreva-nos a jornadas@solaci.org.
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