Gentileza do Dr. Carlos Fava.
Segundo distintos relatórios a necessidade de anticoagulação após o TAVI é superior a 15% e até o momento não está bem analisado se os novos anticoagulantes orais (NOACs) trazem benefícios tendo como base de comparação os clássicos antagonistas de vitamina K (VKAs).
Neste estudo foram analisados 962 pacientes. Dentre eles, 326 receberam NOACs (33,9%) e 636 receberam VKAs (66,1%).
O desfecho primário após 12 meses se compôs de mortalidade por qualquer causa, IAM ou AVC.
Os grupos foram similares, a idade média foi de 81 anos, houve 52% de mulheres, o STS foi de 4,5% e o CHA2DS2 VASC Score ≥ 2 foi de 95,2%. A válvula mais utilizada foi a expansível por balão.
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Após 30 dias não houve diferenças em termos de mortalidade, sangramento maior ou sangramento que comprometesse a vida, mas os NOACs apresentaram uma maior taxa de AVC não incapacitante em comparação com os VKAs (1,2% vs. 0%; p < 0,001).
Após um ano de seguimento o desfecho primário foi maior com os NOACs (20,9% vs. 14,4%; HR, 1,47; 95% CI, 1,06 a 2,04; p = 0,018): não houve diferenças em termos de mortalidade, IAM e sangramento. A taxa de AVC não incapacitante foi maior com os NOACs (1,6% vs. 0,3%; HR: 5,00 95% CI: 0,97 a 25,81; p = 0,054).
Conclusão
A utilização crônica de NOACs e VKAs entre os pacientes que necessitaram ACO após o TAVI apresentaram um risco comparável de sangramento após um ano. Os NOACs apresentaram uma taxa mais elevada de eventos isquêmicos, o que deveria ser analisado em grandes estudos randomizados.
Gentileza do Dr. Carlos Fava.
Título original: Oral Anticoagulant Type and Outcomes After Transcatheter Aortic Valve Replacement.
Referência: David Jochheim, et al. JACC cardiovasc Interven. Article in press.
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