O ADAPT-TAVR é um estudo randomizado no qual se testou o endoxabana em pacientes sem indicação de anticoagulação que tinham sido submetidos a TAVI por estenose aórtica severa sintomática de forma bem-sucedida.
O trabalho incluiu 229 pacientes com uma idade média de 80 anos. 42% eram homens. A randomização foi a receber 60 mg ou 30 mg a cada 24h ou DAPT (AAS mais clopidogrel).
61,3% dos pacientes receberam doses baixas por cumprirem com pelo menos um dos seguintes critérios: deterioração moderada a severa da função, baixo peso ou uso concomitante de inibidores da glicoproteína-P. Além disso, em 6 meses toda a população foi submetida a uma angioTAC de 4 dimensões, avaliação neurológica e cognitiva e uma ressonância de cérebro.
As populações foram similares, não houve diferenças nas características entre grupos e 90% foram tratados com válvula balão-expansível. O STS foi de 3,3%.
Em 6 meses de seguimento o endoxabana não mostrou uma diferença significativamente menor de trombose do folheto no ramo de intenção de tratamento. Por outro lado, observou-se uma diferença naqueles pacientes que tiveram um alto cumprimento com o DOAC (9,1% vs. 19,1%; risk ratio 0,48; 95% CI 0,23-0,99).
Leia também: ACC 2022 | Estudo BENTRACIMAB.
Nos desfechos secundários não houve diferenças: incluíram-se aí a redução da mobilidade do folheto ≥ 3, a presença, número e volume de novas lesões cerebrais na RMN e alterações neurológicas.
A hipoatenuação dos folhetos tampouco se associou com novas lesões cerebrais, nem com transtornos neurológicos ou alterações das funções cognitivas.
Além disso, tampouco houve diferenças nos desfechos de segurança, que incluíram morte, AVC, tromboembolismo sistêmico ou sangramento na comparação com a DAPT (11,7% vs. 12.7%; HR 0.93; 95% CI 0,44-1,96).
Dr. Carlos Fava.
Membro do Conselho Editorial da SOLACI.org .
Subscreva-se a nossa newsletter semanal
Receba resumos com os últimos artigos científicos