A utilização de dispositivos de assistência ventricular mecânica (MCS) vem aumentando e é cada vez mais necessária, sobrertudo devido ao fato de as angioplastias coronarianas (ATC) em pacientes de alto risco com disfunção ventricular severa serem cada vez mais frequentes.

Os MCS podem ser pulsáteis, como o IABP, cuja disponibilidade é alta mas com um benefício clínico limitado; ou contínuos, que são mais eficazes, especialmente o Impella, embora com custo consideravelmente mais elevado.
O MCS iVAC2L é pulsátil e utiliza o mesmo console que o IABP, o que facilita sua implementação. Contudo, embora haja alguns estudos que mostram seu benefício, sua eficácia ainda não está completamente elucidada.
Foram analisados 293 pacientes submetidos a ATC de alto risco nos quais se utilizou o iVAC2L.
O desfecho primário (DP) foi a mortalidade hospitalar por qualquer causa.
A idade média da população foi de 71 anos; o escore SYNTAX médio foi de 33; a fração de ejeção foi de 30%. A maioria dos pacientes eram homens e as comorbidades prevalentes foram: hipertensão (77%), diabetes (38%), infarto prévio (52%), acidente vascular cerebral (9%), ATC prévia (38%), CRM prévia (34%) e deterioração da função renal (23%). A metade dos pacientes não eram candidatos a CRM.
56% dos pacientes apresentavam doença de três vasos, 35% lesão de TCE não protegido e 72% lesão multivaso.
O tempo médio de utilização do dispositivo foi de 67 minutos, observando-se um aumento significativo da pressão arterial sistólica, diastólica e do volume minuto, bem como uma diminuição da pressão de Wedge, embora esta última sem alcançar significância estatística.
O DP foi de 1%; a taxa de infarto, de 0,7%; o MACE, de 3,1%; o sangramento maior, de 1% e a hipotensão severa, de 9%.
Conclusão
Os resultados da presente análise sugerem que a utilização do iVAC2l permite uma melhora hemodinâmica com uma baixa taxa de eventos adversos. No entanto, são necessários estudos adicionais para validar os achados aqui expostos.
Original Title: Pulsatile Left Ventricular Assistance in High-Risk Percutaneous Coronary Interventions: Short-Term Outcomes.
Reference: Josko Bulum, et al. https://doi.org/10.3390/jcm13185357.
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