Título original: Asymptomatic Carotid Stenosis and Risk of Stroke (ACSRS). Referência: Stavros K. Kakkos et al. J Vasc Surg 2013;57:609-18.
Apesar de múltiplos estudos não tem sido possível lograr um critério uniforme para tratar as lesões carotídeas assintomáticas. Muitos fatores foram propostos para contribuir à estratificação incluindo a severidade da estenose, o tipo de placa, fatores clínicos, infartos silentes por tomografia, etc.
As áreas hipoecogênicas próximas ao lúmen da artéria correspondem-se com o achado histológico de um core lipídico vulnerável. O objetivo deste estudo foi testar a hipótese de que a presença e tamanho de áreas hipoecogênicas próximas à luz poderia predizer futuros eventos isquêmicos ipsilaterais em pacientes assintomáticos.
Foram incluídos no estudo 1121 pacientes (ptes) acompanhados por Doppler e clinicamente cada 6 meses por um período de até 8 anos (média 4 anos). Durante o acompanhamento observaram-se 130 eventos isquêmicos ipsilaterais na população, dos quais 59 foram strokes (12 deles fatais), 49 acidentes isquêmicos transitórios e 22 amaurose fugaz. O risco médio anual de eventos correlacionou-se em forma linear com a presença e tamanho de áreas hipoecogênicas próximas à luz do vaso diagnosticadas por ecografia.
Para ptes com áreas hipoecogênicas
Conclusão:
O tamanho da área hipoecogênica próxima à luz tem uma relação linear com o risco de stroke e pode ser usada para estratificar os pacientes assintomáticos. Los resultados devem ser confirmados em futuros estudos já que poderiam muda a tomada de decisões pacientes assintomáticos nos que historicamente se utilizou somente a porcentagem de estenose.
Comentário editorial:
A porcentagem de estenose tem uma fraca correlação com a área hipoecogênica próxima à luz do vaso (coeficiente de Pearson r=0.083) o que aumenta ainda mais a importância deste novo parâmetro. De fato o odds ratio da área hipoecogênica para discriminar pacientes assintomáticos é melhor em aqueles com lesões menos severas.
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