Título original: Clinical Presentation and Outcomes of Coronary In-Stent Restenosis Across 3-Stent Generations. Referência: Marco A. Magalhaes et al. Circ Cardiovasc Interv. 2014;7:00-00.
Estudos avaliando a apresentação clínica da reestenose após implante de stent convencionais (bare metal) demonstraram que a recorrência da estenose não é uma complicação benigna como inicialmente imaginado, com um número expressivo de pacientes apresentando como manifestação clínica da reestenose as síndromes coronarianas agudas.
O estudo publicado por Magalhães et al na Circ. Cardiovascular Interventions procurou avaliar se havia diferença no tpio de apresentação clínica da reestenose intrastent quando utilizadas 3 gerações distintas de stents coronários: convencionais (CONV), farmacológicos (SF) de 1a geração (Cypher e Taxus) e de 2a geração (Xience V, Promus Element, Endeavor).
Além disto, os autores procuraram determinar se o tipo de apresentação clínica da reestenose (angina estável, isquemia silenciosa, angina instável e infarto agudo do miocárdio) era capaz de predizer a ocorrência de eventos cardíacos (morte, infarto e nova revascularização) no seguimento de 6 meses. Foram incluídos nesta análise 909 pacientes portadores de 1077 lesões reestenóticas e submetidos a nova intervenção coronária percutânea. Os três grupos de pacientes (CONV n=388, SF de 1a geração n=425 e SF de 2a geração n=96), eram relativamente homogêneos em termos das características clínicas de base, apesar do maior número de diabéticos insulino-dependentes no último grupo (32% contra 20% no grupo SF 1a geração e 14% no grupo CONV, p <0.001). Apesar disto, o tipo de apresentação clínica da reestenose foi similar nos três grupos, sendo que a manifestação clínica mais freqüente foi síndrome coronariana aguda (angina isntável ou IAM) em aproximadamente 2/3 dos casos.
Outra informação importante do estudo é que pacientes com reestenose intrastent e apresentação clínica de infarto agudo do miocárdio têm o dobro de chance de morte, reinfarto e necessidade de nova revascularização em 6 meses comparados aos com angina instável e quatro vezes mais do que os pacientes com angina estável. Além disto, reforçando dados prévios, os pacientes tratados no procedimento inicial com implante de stent farmacológico de segunda geração apresentaram uma incidência 50% menor de infarto do miocárdio em comparação com aqueles que receberam stents convencionais ou farmacológicos de 1a geração.
Gentileza de los Dres Gilberto L. Nunes e Márcio Mossmann (Brasil).
Dres Gilberto L. Nunes e Márcio Mossmann