Vazamento tipo 1A persistente intraoperatório após implante de stent

Título original: Outcomes of persistent intraoperativa Type Ia endoleak after Standard endovascular aneurysm repair. Referência: Alistair Millen, et al. J. Vasc. Surg 2015;61:1185-91

O objetivo do reparo endovascular de aneurisma (EVAR) nos aneurisma da aorta abdominal infra-renal (AAA) é para prevenir o crescimento e ruptura. Selo proximal inadequada pelo stent favorece a presença de vazamento tipo 1A, que preserva pressurização saco e aumenta complicações e mortalidade.

Pacientes com implantes que receberam EVAR para AAA foram analisadas, excluindo aqueles que apresentam aneurismas complexos. 209 pacientes para análise foram incluídos, dos quais 44 (21%) tiveram vazamento tipo 1A durante o controle angiografia pós-implante. Remodelação do balão foi realizada, a implantação de stent P4014 ou extensões ou “cuffs” proximais aórtico de vazamento tipo 1A ainda persiste em 33 pacientes.

Na angiografia anterior diâmetro AAA foi de 63 mm, comprimento do pescoço 21 mm e pescoço diâmetro de 30 mm. Os stents utilizados foram Medtronic endoprótese, Gore endoprótese e Zenith endoprótese. No primeiro controle angiográfico para uma média de 33 dias (3-61 dias) resolução do vazamento foi observada em 31 pacientes (94%) sem a necessidade de intervenção adicional. No acompanhamento aos 27 meses e cinco alheios sem mortes relacionadas foram observadas. Em exames de controle subseqüentes 18 pacientes apresentaram regressão, em 12 não houve mudança e em dois o tamanhos do saco aumentou, mas foi decidido não fazer uma nova intervenção. 

Conclusão

Apesar das manobras durante o procedimento, tipo de vazamento 1A é persistente e relativamente comum. Este estudo indica que está presente em um importante grupo de pacientes. Mais pesquisas são necessárias para determinar o curso natural e gestão de vazamento tipo 1A.

Comentário editorial

A presença de manobras para vazamento tipo 1A após intra-procedimento é alta, mas seu desenvolvimento é bom, uma vez que são muitas vezes selada comumente em conjunto com redução do diâmetro do aneurisma. Se não selada é conseguido, que gera um problema significativo, relativa a um aumento de pressão. Há uma variedade de estratégias endovasculares para resolvê-lo (remodelação balão, implante de stent Palmaz ou extensões ou “cuffs”, bobina ou Onyx embolização ou cimento biológico), deixando procedimentos cirúrgicos, como bandagem aórtica ou conversão para cirurgia convencional como última alternativa.

Cortesia de Dr. Carlos Fava
Cardiologista Intervencionista
Fundação Favaloro – Buenos Aires

Dr. Carlos Fava

Mais artigos deste autor

Um novo paradigma na estenose carotídea assintomática? Resultados unificados do ensaio CREST-2

A estenose carotídea severa assintomática continua sendo um tema de debate diante da otimização do tratamento médico intensivo (TMO) e a disponibilidade de técnicas...

Doença de tronco da coronária esquerda: ATC guiada por imagens intravasculares vs. cirurgia de revascularização miocárdica

Múltiplos ensaios clínicos randomizados demonstraram resultados superiores da cirurgia de revascularização coronariana (CABG) em comparação com a intervenção coronariana percutânea (ATC) em pacientes com...

Impacto da Pressão Arterial Sistólica Basal nas Alterações Pressóricas após a Denervação Renal

A denervação renal (RDN) é uma terapia recomendada pelas diretrizes para reduzir a pressão arterial em pacientes com hipertensão não controlada, embora ainda existam...

Hipertrigliceridemia como fator-chave no desenvolvimento do aneurisma de aorta abdominal: evidência genética e experimental

O aneurisma de aorta abdominal (AAA) é uma patologia vascular de alta mortalidade, sem opções farmacológicas efetivas e com um risco de ruptura que...

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here

Artigos Relacionados

Congressos SOLACIspot_img

Artigos Recentes

Assista novamente: Embolia Pulmonar em 2025 — Estratificação de Risco e Novas Abordagens Terapêuticas

Já está disponível para assistir o nosso webinar “Embolia Pulmonar em 2025: Estratificação de Risco e Novas Abordagens Terapêuticas”, realizado no dia 25 de...

Um novo paradigma na estenose carotídea assintomática? Resultados unificados do ensaio CREST-2

A estenose carotídea severa assintomática continua sendo um tema de debate diante da otimização do tratamento médico intensivo (TMO) e a disponibilidade de técnicas...

Remodelamento cardíaco após a oclusão percutânea da CIA: imediato ou progressivo?

A comunicação interatrial (CIA) é uma cardiopatia congênita frequente que gera um shunt esquerda-direita, com sobrecarga de cavidades direitas e risco de hipertensão pulmonar...