Este estudo avaliou a administração de prasugrel no momento do diagnóstico da síndrome coronária aguda sem supradesnível do segmento ST vs a administração no momento da angiografia coronária sem que a angioplastia estivesse indicada.
Foram randomizados 4033 pacientes cursando uma síndrome coronária aguda sem supradesnível do segmento ST e troponina positiva nos que seria realizada a angiografia entre as 2 e 48 horas da randomização. O grupo pré tratamento recebia uma dose de 30 mg antes da angiografia vs placebo (grupo controle) e posteriormente, se a angioplastia estava indicada, o grupo pré tratamento completava com 30 mg a mais e o grupo controle recebia os 60 mg.
O critério de avaliação primário (combinado de morte cardiovascular, infarto, acidente vascular cerebral, revascularização urgente e terapia de resgate com inibidores IIBIIIA) não foi diferente entre os dois grupos (HR 1,02 IC 0,84 – 1,25; p = 0,81). O critério de avaliação de segurança que foi o sangramento maior pelos critérios TIMI relacionado ou não à cirurgia de revascularização resultou maior no grupo pré tratamento com prasugrel (HR 1,9 IC 1,19 a 3,02; p = 0,006). O pré tratamento não reduziu os eventos nos pacientes submetidos à angioplastia (69%) e aumentou a incidência de sangramento. Os resultados foram confirmados em todos os subgrupos pré especificados.
Conclusão:
Em pacientes cursando uma síndrome coronária aguda sem supradesnível do segmento ST e que seriam submetidos a angiografia coronária, o pré tratamento com prasugrel não reduziu a incidência de eventos em 30 dias e aumentou a taxa de complicações hemorrágicas.
Comentário editorial
A maior parte das complicações hemorrágicas estiveram relacionadas ao acesso e chama a atenção que neste estudo o acesso radial chegou a 43% o que não é muito, mas está bastante acima da média mundial.
Gilles Montalescot_slides
Gilles Montalescot.
2013-09-02
Título original: ACCOAST: Pretreatment with Prasugrel in Non–STSegment Elevation Acute Coronary Syndromes.