Diferentemente da insuficiência mitral degenerativa, a insuficiência isquêmica acontece devido a um aumento da cavidade do ventrículo esquerdo, a perda de seu formato elíptico, a dilatação do anel e ao deslocamento dos músculos papilares levando à perda de coaptação das valvas.
Os guias Europeus e Americanos sugerem a intervenção sobre a válvula mitral nos pacientes com insuficiência mitral isquêmica que serão submetidos a uma cirurgia de revascularização miocárdica. Porém não ficou claro se deve-se realizar uma plástica ou mudá-la.
Foram incluídos 251 pacientes com insuficiência mitral isquêmica severa randomizados a plástica valvular ou substituição valvular mitral junto coma cirurgia de revascularização miocárdica. O critério de avaliação primário foi o grau de remodelação reversa do ventrículo esquerdo avaliado pelo volume de fim de sístole.
Ao ano, o volume de fim de sístole foi similar entre ambos grupos (54,6±25 ml/m2 para o grupo plástica vs 60,7±31,5 ml/m2 para o grupo substituição valvular; p=0.18). A taxa de recorrência da insuficiência mitral ao ano foi significativamente maior no grupo plástica (32,6 vs 2,3%; p<0,001).
Conclusão:
A substituição valvular na insuficiência mitral isquêmica proporciona efeitos mais duradouros que a plástica mitral sem haver diferenças no grau de remodelação reversa do ventrículo esquerdo ou na clínica dos pacientes.
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Michael Acker.
2013-11-18
Título original: Severe Ischemic Mitral Regurgitation: Is it Better to Repair or Replace the Valve.