A fibrilação atrial é iniciada por gatilhos focais mantida por um substrato atrial chamado complexos fracionados de eletrogramas atriais. Isolar as veias pulmonares (gatilhos) através de uma ablação circunferencial é o tratamento de escolha na fibrilação auricular refratária pero com resultados sub ótimos.
Este trabalho testou a hipótese de não apenas isolar as veias pulmonares senão também o substrato auricular (complexos fracionados) em uma tentativa de de reduzir a recorrência da arritmia. No estúdio foi utilizado o sistema de navegação Ensite NavX v8.0 (St Jude Medical) para realizar a ablação dos complexos fracionados em comparação com apenas isolar as veias pulmonares em pacientes com fibrilação auricular sintomática refratária ao tratamento clínico.
O desfecho primário foi a sobrevida livre de fibrilação auricular aos 6 meses sem uso de medicação anti arrítmica. Nos pacientes com FA paroxística a ablação dos complexos fracionados não atingiu a significância estatística para não inferioridade comparado com isolar as veias pulmonares.
Em aqueles pacientes com FA persistente, a ablação dos complexos fracionados e as veias pulmonares também não resultou superior a isolar somente as veias pulmonares e também com uma tendência a maior incidência de complicações.
Conclusão:
A ablação dos complexos fracionados somada a isolar as veias pulmonares não melhora a evolução em pacientes com fibrilação auricular paroxística ou persistente.
Felipe Atienza
2013-11-19
Título original: RADAR-AF Trial. A Randomized Multicenter Comparison of Radiofrequency Catheter Ablation of Drivers versus Circumferential Pulmonary Vein Isolation in Patients with Atrial Fibrillation