Ampliar o tempo de dupla antiagregação de 12 a 48 meses não oferece uma proteção extra após o implante de um stent liberador de fármacos naqueles pacientes que não apresentaram eventos adversos isquêmicos durante o primeiro ano nem aumento o risco de hemorragias graves.
O estudo OPTIDUAL realizado em 58 centros incluiu 1.385 pacientes que tinham recebido um stent farmacológico 1 ano antes e estavam em tratamento com aspirina e clopidogrel, mas não tinham sofrido eventos isquêmicos ou hemorrágicos durante esse primeiro ano. Os pacientes foram aleatorizados a seguir recebendo o mesmo tratamento antiplaquetário duplo ou a tomar somente aspirina durante os seguintes 36 meses. Foram utilizados stents farmacológicos de 2ª geração na terça parte restante dos pacientes.
Não se observou diferença alguma no resultado primário de episódios clínicos adversos (NACE; composto de mortalidade por todas as causas, infarto não fatal, ACV ou hemorragias graves) entre o tratamento antiplaquetário duplo ampliado (5,8%) e a aspirina (7.5%; p =0.17). Os riscos de seus componentes também foram equivalentes. No entanto, a análise post hoc dos resultados isquêmicos (mortalidade, ACV ou infarto) revelou um certo benefício, alcançando índices de 4,2% no grupo que recebeu o tratamento antiplaquetário duplo ampliado e de 6,4% no que recebeu só aspirina.
Os resultados foram consistentes em vários subgrupos pré-especificados, incluída a indicação de angioplastia e o tipo de stent. O índice de trombose do stent foi muito baixo, inferior a 0,5% nos dois grupos.
Helft G