Título original: Effect of intravascular ultrasound-guided vs angiography-guided everolimus-eluting stent implantation: the IVUS-XPL randomized clinical trial. Apresentador: Hong S-J.
Os pacientes com lesões coronárias longas têm melhores resultados clínicos um ano depois da implantação de um DES de 2ª geração quando a intervenção está guiada por IVUS em lugar de uma angiografia. O benefício se atribuiu a uma taxa mais baixa de revascularização da lesão alvo justificada pela isquemia.
Para o ensaio, realizado em 20 centros coreanos, os pesquisadores incluíram 1.400 pacientes (média de idade 64 anos; 69% do sexo masculino) com dor torácica típica ou evidência de isquemia miocárdica e lesões coronárias longas difusas (longitude do stent de ao menos 28 mm conforme estimativa visual). Todos os pacientes receberam o stent Xience Prime (Abbott Vascular) e tratamento antiplaquetário duplo com aspirina e clopidogrel durante 6 meses ou mais. Nos pacientes randomizados para o procedimento mediante IVUS o tamanho e longitude do stent foi selecionado a partir de medições IVUS, utilizando-se pós-dilatação adjunta de alta pressão a critério do médico de acordo com o IVUS. O IVUS pôde ser realizado em qualquer momento da angioplastia, mas foi obrigatório para controlar o resultado final.
A longitude média total do stent foi de 39,3 mm. Durante a intervenção os pacientes do grupo IVUS receberam com maior frequência pós-dilatação de alta pressão (76% vs. 57%) e tiveram um maior tamanho médio final do balão (3,14 vs. 3,04 mm; P< 0.001 para ambos). Como resultado, os pacientes do grupo IVUS tiveram um maior diâmetro luminal mínimo (2,64 vs. 2,56 mm; P <0,001) e um menor diâmetro de estenose (12,79% vs. 13,74%; P = 0,04) na angiografia coronária quantitativa pós-intervenção.
Os pacientes que receberam IVUS necessitaram revascularização da lesão alvo justificada por isquemia em 2,5% dos casos vs. 5% do grupo-controle.